domingo, 2 de agosto de 2009

O que te deixa intrigada?


Eu lembro que eu estava me achando uma completa idiota, eu estava me questionando se aquele cara por quem eu suspirava era de verdade mesmo. Eu já tinha visto você antes, por aí. Eu te achava bonito, mas meu coração era de outro cara. Então, nesse dia que eu estava me sentindo uma completa idiota, você simplesmente veio me perguntar o que estava me deixando intrigada. Exatamente assim: “O que te deixa intrigada?”. E mesmo sem nunca ter conversado com você, eu senti vontade de te abraçar, pena que eu não podia.

Quando a vida tinha me dado mais uma surpresa, quando eu tinha me livrado daquele garoto que eu achava falso, quando a vida tinha me dado mais alguns chutes na boca do estômago e quando eu já não via sentido em deixar de sofrer, você me pediu o número do meu celular. Eu não sei o que aconteceu, mas eu sorri tanto quando você pediu meu telefone, que eu me esqueci por cinco minutos de tudo de ruim que havia acontecido. Não demorou cinco minutos para eu receber um “oi” seu por mensagem. Meu celular vibrou e eu quis sorrir mais ainda, só que meu sorriso já era tão grande.

Você agora está presente mesmo quando não está presente. Você está presente quando eu estou sendo uma boba com as minhas piadas sem graça que você morre de rir e você fica me chamando de boba e tudo que eu mais quero é ser chamada de boba.

Eu reclamei pra você que as minhas manias de botar tudo no diminutivo são bregas e você com seu jeito todo cuidadoso, falou que gosta e ainda me chamou de “anjinho” só para que eu te dissesse: “ah, que bonitinho”.
Quando eu não consegui dormir, eu te mandei uma mensagem e você acordou só para perguntar se eu queria fazer alguma coisa. Eu senti tanta vergonha de você que resolvi continuar rolando pela cama sozinha, olhando a mensagem e agradecendo por você ter me perguntando o que me deixava intrigada naquele dia.

Eu não quero que você tenha medo de mim e muito menos que você saia correndo pra longe — mais longe do que onde você se encontra. Eu só quero, de verdade, que você continue fazendo seu papel. Eu não sei bem qual é seu papel, mas é algo grandioso. Você me fez deixar de lado todos os meus problemas que eu insistia em trazer comigo por tempos e tempos. Você me fez jogar meu passado de vez no lixo só para ouvir você dizer: “linda”. Você nem imagina o que aconteceu no último ano em que eu não te conhecia, você nem imagina mais ainda que você me salvou de toda aquelas mentiras que me rodeavam. Eu estou te conhecendo agora e por isso que eu te peço: não morra de medo de mim. Não vai pra longe. Eu só quero te dizer que você modificou meus dias cinzentos e trouxe tanto sol.

Por mais que eu insista em lembrar com um pouco de dor no buraco que ainda está sendo tampado, por mais que eu insista em segurar aquele urso com a maior força do mundo e chorar tudo que eu não choro quando estou ocupada sorrindo, por mais que tudo isso aconteça às vezes, eu não sofro a todo segundo. E isso já é um grande passo.

Por favor, entenda a revolução que você fez na minha vida. Eu não quero que você pense que eu estou morrendo de amores por você, porque eu não estou. Eu na verdade, não estou morrendo de amores por ninguém. É isso que mudou de duas semanas pra cá. Eu estou vivendo, por mim e por ninguém mais.

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