quarta-feira, 24 de março de 2010

Frágil.

Chega um ponto que viver só de sorrisos e assim conseguir enganar todos ao redor é praticamente insuportável.


  
"Frágil - você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço."

sexta-feira, 5 de março de 2010

Um avião e um sonho.


Estava tendo uma festa naquela escola gigantesca. Eu lembro bem que eu estava com uma blusa de manga longa vermelha e com uma calça jeans. Havia piscina, gente para todos os lados, um ambiente fechado enorme - cheio de salas onde havia gente se beijando -, havia um quintal gigantesco e meus amigos também estavam lá.

Tudo estava normal até que o Rafael disse:

- Vou lá... - E piscou para minhas amigas, me ignorando completamente. Minhas amigas riram e olharam para mim como se nada estivesse acontecendo.

O Rafael já dirigia, ele jogou a chave do carro para o ar e pegou rapidamente enquanto ajeitava seu boné vermelho. Continuamos na festa e depois de um tempo uma chuva assustadora começou. Eu entrei correndo para dentro do ambiente fechado e me deparei com Rafael sorrindo maliciosamente.

A Alana olhou para ele e sussurrou:

- Você buscou ele? - Eu levantei uma sobrancelha e não pude deixar de perguntar.

- Buscou quem? - Eu rocei um labio em outro e Rafael me olhou.

- O Leandro... No aeroporto. - Eu arregalei os olhos e achei que era brincadeira, até que ele prosseguiu. - Ele está hospedado naquela casa enorme que tem aqui perto. - Um trovão me fez encolher e cruzar os braços em sinal de tensão e de um disparar de coração tão intenso que chegava a doer.

A Amanda, Ana Laura e Luísa chegaram e perguntaram se a Alana já havia me contado. Eu assenti com a cabeça e sorri.

- Vocês conversaram? - Rafael fez que sim com a cabeça e colocou o dedo indicador no lábio.

- Mas é segredo. - Enruguei minha testa e olhei para minhas amigas, uma de cada vez.

- Vamos lá comigo? - Elas sorriram e bateram palmas animadamente. Era óbvio que elas iriam.

A chuva não havia diminuido e saimos correndo pela cidade, eu estava molhando e sentindo as gotas baterem fortemente contra meu rosto. Eu não ligava, eu iria te ver.

Quando eu cheguei no devido endereço que o Rafael disse que havia te deixado, eu olhei para uma janela do terceiro andar e lá estava você. Debruçado sobre a janela, os braços presos entre o seu peito e a janela e seu boné preto virado para trás estava ali, exatamente como eu te imaginava. Minhas amigas me empurraram e falaram:

- Vai lá. - Você ainda não havia me visto.

Eu corri em direção à porta e o vento me fez estremecer. Corri escadas acima gritando seu nome:

- Leandro? Leandro? - Eu disse com uma mistura de lágrimas e gotas de chuva escorrendo pelo meu rosto. Quando cheguei no quarto onde você estava na janela, você não estava mais lá e o vento batia a janela com força contra as paredes. Um raio acompanhado de um alto trovão me assustou. Eu desci as escadas e fui novamente para o lado de fora da casa, minhas amigas me olharam assustadas e perguntaram o que havia acontecido:

- O que foi? - Eu tremi meus lábios que estavam vermelho de frio.

- Não foi... Ele não estava mais lá.

- Paula, larga de ser boba, procure em outros cantos da casa. - Eu sorri e assenti com a cabeça, corri novamente para dentro da casa e percorri todos os cantos.

Até que cheguei em uma sala escura onde haviam aproximadamente 9 pessoas vendo TV. Você era uma dessas 9 pessoas e meu coração queria pular em sua direção quando eu te vi. Eu passei correndo na sua frente e nem te dei a chance de me olhar, puxei sua mão e corri para o corredor. Antes que eu tentasse dizer algo, você me puxou e me abraçou. Ah, aquele abraço.

Ficamos conversando encostados naquele corredor por um bom tempo, até que você me levou para casa e disse que estava tarde.

- Mas amanhã eu quero te ver. - Você sussurrou depositando um beijo na minha testa que só naquele momento estava se secando da chuva.

- Você vai embora quando? - Eu sorri tristemente já imaginando a resposta.

- Amanhã depois do meu curso. - Eu pulei em seu pescoço e te abracei com toda a força que eu encontrei dentro de mim. Eu quis gritar que você podia ficar lá em casa para sempre, mas eu não podia. - A gente se vê no shopping, ok?

Quando eu entrei no msn assim que voltei pra casa, você entrou também e me mandou:

"Eu preciso te ver de novo, promete que não vai me 
deixar ir embora sem te abraçar uma última vez?"

Mas antes que eu respondesse, eu acordei com a minha irmã me chamando. Foi só aí que eu vi que tinha sido só mais um sonho louco que me deu raiva quando acabou.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Coming Soon.

O ápice da gritaria de fãs está previsto para julho, depois da Copa, com a turnê dos guris americanos do All Time Low, em dias, locais e cidades a definir.

Espero que dessa vez não seja mentira desse site que postou a frase acima. Já que é o mesmo site que havia dito que eles viriam em maio... Mas:

As donas do site All Time Low BR estão postando que estão havendo negociações para o All Time Low em 6 cidades. Um garoto criou um tópico na comunidade oficial dizendo "Coming Soon" e não quer dizer o que é, mas O QUE É está óbvio pra quem quiser ver. O Gabe Simas postou no twitter que "Ouvi dizer que you can count Maria in pro final de julho." e "Dear Maria, count me in" é uma das músicas hits do All Time Low.

Eu não estou suportando essa ansiedade, ainda mais sabendo que SIM, se eles vieram eu VOU Sim, meu pai vai me levar. Meu sonho vai se realizar, meus bebês vão estar ali bem na minha frente. Estou sem condições de falar sobre isso, outra hora eu posto sobre ídolos, ansiedade, shows e etc. Como é difícil essa vida de fã.



It's gonna be my year...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Um homem sabe como enganar uma mulher apaixonada.


Você sabe bem que pode passar a noite aqui e ir embora de fininho enquanto eu fico encolhida debaixo das cobertas e ainda sonho com os próximos 200 anos ao seu lado, você pode me deixar um bilhete escrito "Me perdoa". Aí eu vou acordar, ler o bilhete e vou querer arrancar cada fio de cabelo esperando que aquela dor sufocante se torne menor do que a dor externa. Eu te xingarei de todos os possíveis nomes feios e xingarei até a sua tataravó. Mas depois de tanto chorar, pensando que você nunca mais vai voltar, o telefone vai tocar.

Eu vou encará-lo por alguns segundos enquanto sinto minha boca com aquele gosto salgado de uma lágrima azeda. Vou levantar correndo da cama e pular em cima do celular, respirarei fundo e direi "Oi" da maneira mais seca que eu puder.

Você vai fazer uma voz de cavalheiro, me pedir milhões de desculpas e vai dizer que só não estava se sentindo bem, mas que voltava pra casa naquele dia ainda. Eu vou sorrir e meu peito vai inflar de ar novamente. Mesmo que eu não deva acreditar em você, eu acreditarei, porque algo em mim insistirá em dizer que você é aquele.

Eu ficarei deitada na cama o resto do dia e quando o sol já estiver nascendo no Japão, meu interfone vai tocar. Eu vou atender, vou te pedir para subir e quando eu abrir a porta com os olhos inchados, aquele roupão rosa choque - que você sempre amou, eu vou me deparar com a cena mais linda da minha vida. Você vai estar ajoelhado, com um buquê em uma mão e uma caixinha em outra e a primeira coisa que você vai dizer vai ser:

- Fiquei rodando a cidade inteira procurando algo decente, mas não tinha... Tive que ir em uns outros lugares, demorei demais e eu não acredito que você chorou. Era só uma surpresa, eu nunca iria embora sem te dizer 'Tchau', você é louca, amor? - Eu irei assentir com a cabeça enquando as lágrimas escorrem pela minha bochecha e você vai continuar falando disparadamente. - Eu ia comprar um de ouro, mas deixa o de ouro pra hora de trocar as alianças, por isso que eu comprei esse daqui, espero que você goste... Ai, calma, me ajuda aqui... - Você vai me entregar as flores e vai abrir a caixinha enquanto eu aspiro o perfume doce. - Enfim... Desculpe, mas você quer viver pelos próximos 200 anos ao meu lado?

You owe me nothing in return.



Vou te dar quantias incontáveis
de um verdadeiro acordo, se você quiser
Vou te dar incentivo para escolher o caminho que quiser, se precisar.


Você pode falar de raivas e dúvidas
Seus medos e loucuras, que vou escutar.
Você pode dividir relatos vergonhosos de sua vida, e não vou julgar.

E não há nenhum compromisso...

Você não me deve nada
por eu dar o amor que eu te dou.
Você não me deve nada
por eu me preocupar como tenho me preocupado.
Só te agradeço por receber, é um privilégio meu
E você não me deve nada em troca

Você pode pedir espaço para si mesmo
e só para si mesmo, e eu vou conceder.
Você pode pedir liberdade também
ou tempo para se divertir, que você terá.

Você pode pedir para viver sozinho
ou amar outro alguém, que eu vou apoiar.
Você pode pedir o que quiser
qualquer coisa, e eu vou entender.

E não há nenhum compromisso...

Aposto que você quer saber
em que dia vai cair o próximo acerto de contas.
Aposto que você quer saber
quando minha polícia condicional te forçará a pagar.
Aposto que você quer saber
até onde se remexeu pra se endividar de novo.

Essa é a única forma de amor,
que eu acredito realmente existir.

Você pode expressar suas verdades mais profundas
Mesmo que signifique perder você, eu vou ouvi-las.
Você pode cair no abismo,
ou no caminho para a sua felicidade,
que vou me identificar com isso.

Você pode dizer que dará uma saída da cidade
Pra ir atrás de sua paixão, que vou ouvir isso.
Pode até chegar no fundo do poço,
Ter crises da meia idade, e vou agüentar isso.

E não há nenhum compromisso...

Você não me deve nada
por eu dar o amor que eu te dou.
Você não me deve nada
por eu me preocupar como tenho me preocupado.
Só te agradeço por receber, é um privilégio meu
E você não me deve nada em troca.