terça-feira, 22 de setembro de 2009

Uma vez e nada mais.


"I will never see you again, but you were a good minute. 
Take it easy out there, you're history now."

Eu me apaixono fácil, mas não tão fácil assim. Cada situação é uma situação. Mas tem algo que acontece com frequência: eu me encanto por desconhecidos. Não digo que eu os acho bonitos, eu me encanto realmente e penso que eu tenho que conhecer aquele garoto.

Na rua, no shopping, na festa, no bar, no cabelereiro. Não importa onde. Eu preciso apenas de um olhar pra pensar milhares de coisas. Como ele chama? Será que ele é legal? Será que ele é interessante? Encantador? Educado? Cavalheiro? Será que ele tem namorada?

Eu me pego fazendo perguntas que uma criança de 8 anos se faz ao se apaixonar platonicamente por um famoso. Mas eu não me apaixono. É algo que não dá pra explicar.

O curioso dessa situação, é que no segundo seguinte que eu viro a esquina, quando eu vou embora do shopping, quando a festa acabou, quando eu vou embora do bar ou quando eu já acabei o que tinha para fazer no cabelereiro... Eu não tenho mais curiosidade alguma sobre ele. Eu só tenho uma vontade gigante de correr para as minhas amigas e contar o que eu havia visto.

Loucura ou seja lá o que for. Eu gosto de olhar para alguém e pensar que ele pode ser a melhor pessoa do mundo, por alguns segundos que seja. Não me importa se ele não era a melhor pessoa do mundo, porque eu não o conheci para ver os defeitos. Eu criei milhares de qualidades na minha mente e segundos depois, ele já era uma memória distante.

Foi assim naquela festa que eu fui sábado. Foi assim naquele cabelereiro que eu fui sábado. Foi assim naquela vez que eu fui andar na rua. Foi assim quando eu estava indo para a escola. Foi assim e continuará sendo. Eu espero, porque é entediante se contentar apenas com as pessoas imperfeitas do meu dia-a-dia. Eu gosto de criar personagens perfeitos baseados naquelas pessoas que passam por mim. Só.

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