terça-feira, 18 de agosto de 2009

Passado, passado.

Eu gosto de agarrar as minhas lembranças e trazê-las o mais próximo de mim possível. Eu gosto de ficar vendo fotos antigas nas quais eu estava toda feliz dando um beijo naquele garoto que eu achava que iria amar para sempre. Eu gosto de ficar vendo fotos antigas nas quais eu estava toda feliz abraçando aquela amiga que eu achei que seria para sempre. Eu gosto de ficar vendo fotos antigas nas quais eu estava toda feliz achando que seria uma criança pra sempre. Para sempre. Mesmo que todas essas situações tenham passado, mesmo que elas estejam — cada dia mais — se tornando apenas uma imagem desfocada e que eu já não me lembre exatamente dos fatos e troque datas e acontecimentos, mesmo que o tempo passe e mesmo que todos aqueles sentimentos também passem... Eu me agarro à todas as minhas lembranças como fotos ou músicas e sinto tudo aquilo de novo. Eu não sinto vergonha de dizer que meu carinho por aquele menino que eu achava que iria amar para sempre é enorme, é um carinho gigantesco e eu me sinto feliz por ter vivido tudo aquilo, mesmo que na época eu tenha achado que iria morrer sem ele. Eu gosto de ver todas as amigas e amigos que eu tive no passado, mesmo que o tempo tenha escolhido que nos afastássemos. Meu passado fez o que eu sou. Memórias não somem assim.

Eu sinto tanta nostalgia de vez em quando e olha que eu só tenho quinze anos. rs

domingo, 2 de agosto de 2009

O que te deixa intrigada?


Eu lembro que eu estava me achando uma completa idiota, eu estava me questionando se aquele cara por quem eu suspirava era de verdade mesmo. Eu já tinha visto você antes, por aí. Eu te achava bonito, mas meu coração era de outro cara. Então, nesse dia que eu estava me sentindo uma completa idiota, você simplesmente veio me perguntar o que estava me deixando intrigada. Exatamente assim: “O que te deixa intrigada?”. E mesmo sem nunca ter conversado com você, eu senti vontade de te abraçar, pena que eu não podia.

Quando a vida tinha me dado mais uma surpresa, quando eu tinha me livrado daquele garoto que eu achava falso, quando a vida tinha me dado mais alguns chutes na boca do estômago e quando eu já não via sentido em deixar de sofrer, você me pediu o número do meu celular. Eu não sei o que aconteceu, mas eu sorri tanto quando você pediu meu telefone, que eu me esqueci por cinco minutos de tudo de ruim que havia acontecido. Não demorou cinco minutos para eu receber um “oi” seu por mensagem. Meu celular vibrou e eu quis sorrir mais ainda, só que meu sorriso já era tão grande.

Você agora está presente mesmo quando não está presente. Você está presente quando eu estou sendo uma boba com as minhas piadas sem graça que você morre de rir e você fica me chamando de boba e tudo que eu mais quero é ser chamada de boba.

Eu reclamei pra você que as minhas manias de botar tudo no diminutivo são bregas e você com seu jeito todo cuidadoso, falou que gosta e ainda me chamou de “anjinho” só para que eu te dissesse: “ah, que bonitinho”.
Quando eu não consegui dormir, eu te mandei uma mensagem e você acordou só para perguntar se eu queria fazer alguma coisa. Eu senti tanta vergonha de você que resolvi continuar rolando pela cama sozinha, olhando a mensagem e agradecendo por você ter me perguntando o que me deixava intrigada naquele dia.

Eu não quero que você tenha medo de mim e muito menos que você saia correndo pra longe — mais longe do que onde você se encontra. Eu só quero, de verdade, que você continue fazendo seu papel. Eu não sei bem qual é seu papel, mas é algo grandioso. Você me fez deixar de lado todos os meus problemas que eu insistia em trazer comigo por tempos e tempos. Você me fez jogar meu passado de vez no lixo só para ouvir você dizer: “linda”. Você nem imagina o que aconteceu no último ano em que eu não te conhecia, você nem imagina mais ainda que você me salvou de toda aquelas mentiras que me rodeavam. Eu estou te conhecendo agora e por isso que eu te peço: não morra de medo de mim. Não vai pra longe. Eu só quero te dizer que você modificou meus dias cinzentos e trouxe tanto sol.

Por mais que eu insista em lembrar com um pouco de dor no buraco que ainda está sendo tampado, por mais que eu insista em segurar aquele urso com a maior força do mundo e chorar tudo que eu não choro quando estou ocupada sorrindo, por mais que tudo isso aconteça às vezes, eu não sofro a todo segundo. E isso já é um grande passo.

Por favor, entenda a revolução que você fez na minha vida. Eu não quero que você pense que eu estou morrendo de amores por você, porque eu não estou. Eu na verdade, não estou morrendo de amores por ninguém. É isso que mudou de duas semanas pra cá. Eu estou vivendo, por mim e por ninguém mais.