terça-feira, 27 de outubro de 2009

Você voltou, revirou tudo.


Quando eu menos esperava, você me procurou. Você chegou e me disse 'Oi', esperando que eu ajoelhasse em seus pés e te dissesse o tanto que eu senti sua falta. Eu não fiz isso, por mais que meu impulso pedisse para que eu fizesse. Eu comecei te explicar o estrago que você fez nos últimos meses, eu fiz questão de jogar tudo na sua cara, principalmente a parte em que você me ignorou quando eu estava péssima de tanta saudade. E sabe o que você fez? Você fez questão de dizer que eu podia te ignorar se eu quisesse e que você também estava péssimo, logo... Você entenderia. Eu não tenho dúvidas que você fez isso para jogar com a minha capacidade de te perdoar, de te aceitar, de te receber, de te amar. Quando você disse que eu podia te ignorar, eu quis rir... Eu quis rir porque você sabe, melhor do que ninguém, que você é o meu ponto fraco, que eu não consigo te ignorar, que eu não consigo te mandar pra outro lugar que não seja meu peito.

O problema, o maior problema, meu bem... É que eu estava acostumada. Eu estava acostumada a acordar e a ter a certeza de que você não apareceria e por medo de ser ferida novamente, eu não te procurava. Eu acordava sabendo que a minha saudade já estava esmagada no mais fundo do meu peito e já estava quase morrendo de tão sufocada. Eu, juro, que estava aprendendo a viver sem você; coisa que se me perguntassem ano passado, eu diria que era impossível. Eu, viver sem ELE? Haha, outra piada, por favor. Viu como as coisas mudaram em tantos meses?

Mas aí, de repente, do nada, subitamente, você apareceu. Você voltou. Sabe quando não sabemos qual reação ter? Eu não sabia o que estava sentindo. Uma agonia gigante tomou conta de mim, eu queria chorar, mas queria distribuir sorrisos por aí. Eu queria chorar, porque eu sabia que não teria forças para te mandar embora. Eu queria distribuir sorrisos, porque eu sabia que a saudade havia ressuscitado e eu me lembrei, em questão de segundos, de tudo que nós já passamos.

A questão maior é que você tem seus mistérios. Nós já conversamos duas vezes desde que você voltou. Mas você tem seus mistérios, você é inconstante e você aparece quando quer. Eu já me acostumei com suas idas e vindas, já me acostumei mesmo. Mas, eu quero essa vida pra mim? Eu quero acordar com dúvidas se você aparecerá ou não? Era mais fácil lidar com a certeza de que você não viria.

E agora milhares de pensamentos rodam minha mente. Eu só queria saber se vale a pena te apagar da minha vida novamente ou se vale a pena ter de tempos em tempos uma dose de felicidade contigo.

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