quarta-feira, 28 de julho de 2010

No dia em que eu fui mais feliz.

Agora que todo o sufoco já passou e que a minha matrícula já está feita, posso contar como a minha vida mudou drasticamente nos últimos 3 dias.

Dia 26 de julho de 2010: Acordei tarde e roi todas as minhas unhas esperando o resultado sair. Eu tinha certeza que não tinha passado, mas uma coisa dentro de mim gritou: "Paula, não perca a esperança" e eu não perdi. Deu 17 horas e uma amiga minha veio me falar que eu havia passado, eu desesperei porque o site da universidade não abria aqui em casa. Mas abriu. E lá estava. Eu aprovada em Biologia, no meio do terceiro colegial e na federal de Uberlândia. E minha irmã (que havia trancado a nutrição na UFU também passara para Biotecnologia). A festa foi uma loucura, fui pintada, levei ovada e todo o resto. Mas quando eu deitei a cabeça no travesseiro, eu pensei: "Quero entrar".

Dia 27 de julho de 2010: Acordei cedo e comecei (minha mãe, na verdade rs) a ligar para todos os contatos necessários para ter a chance de entrar. Advogados que não sabiam resolver o meu problema até que eu achei a advogada certa. Fui até ela, corri atrás de documentos, foto 3x4. Era 7 horas da noite e eu estava no CESEC que é o lugar onde eu iria fazer a prova para conseguir um diploma de Ensino Supletivo. Entrei para começar as provas... Eram 11 e eu consegui fazer 4. Teria de voltar no dia seguinte. E por sinal, o dia seguinte era o dia obrigatório para fazer minha matrícula na UFU.

Dia 28 de julho de 2010 (o grande dia): Acordei super cedo e fui direto para o CESEC para terminar as provas. Hora vai e hora vem, terminei as provas. 11:30 da manhã e a matrícula seria das 13hrs até as 16hrs. Fui embora para a casa da vovó para almoçar, eu estava exausta e não sabia o que estava por vir. Quando eu estava me aproximando da casa da minha avó, meu celular tocou e a moça do outro lado da linha disse: "Senhorita, você esqueceu de fazer a prova de história...". Desliguei o telefone e disparei a chorar, o desespero começou a tomar conta de mim. Eu almocei rapidamente e voltei ao CESEC. Todos que estavam lá me reconheceram como "a menina que não fez a prova de história". Eu tinha certeza que havia feito a prova e jurei (em pensamento) que eles perderam minha prova... Mas não contestei. Fui lá fazer as 30 questões. Já era mais de 12:30. Fui entregar a prova para a moça e recebi um: "Paula, não precisa mais. Já achamos sua prova." A raiva e o desespero voltaram a tomar conta de mim. Fui para a recepção e lá estava minha mãe dizendo que a advogada havia dito que minhas liminar (necessária para pegar o histórico no CESEC) não havia chegado, mas que ela estava indo no fórum da cidade resolver isso. Eu fiquei insistindo para que o pessoal da secretaria me atendesse e fosse adiantando meu histórico porque minha liminar estava chegando, mas não adiantou. Mais desespero, não daria tempo. Era mais de 14:30 e minha advogada disse: "O oficial de justiça está indo levar sua liminar". Respirei aliviada. O oficial chegou e entregou ao diretor do CESEC as liminares de um monte de gente. Eu implorei, minha mãe implorou e nada deles liberarem meus historico. 30 minutos para as 16 horas. O pai de uma amiga que estava lá pelo mesmo motivo, me disse: "Eu pego seu histórico e levo pra você na UFU. Agora voa pra lá!". Eu peguei minha bolsa e sai correndo, minha mãe dirigiu numa velocidade impressionante e no caminho, o pai me ligou e disse: "Seu historico ta na minha mão, o da minha filha ainda não. Tô esperando, pede pra alguém pegar o seu". Pedi para minha mãe e desci correndo do carro e para a minha felicidade e emoção, quando eu passei correndo por uma mesa cheia de pessoas (que só depois eu me toquei que eram meus veteranos, haha) elas começaram a gritar: "CORRE, bixete!" e uma esperança tomou conta de mim novamente. Faltavam alguns minutos para as 16 horas e eu fui presa em uma sala com porta de vidro e alguns veteranos estavam do lado de fora. A mulher que me prendeu, liberou as matriculas para até 16:30. Quase chorei de alegria. Minha mãe havia mandado um moto-táxi buscar minha liminar. Era 16:20 e nada dos meus documentos chegarem... O que fiz? Comecei a chorar. E novamente meus veteranos estavam lá, do lado de fora da sala, fazendo gestos que diziam: "Calma, bixete". Exatamente 16:26, eu vejo minha irmã se aproximando balançando um papel no ar. Eu comecei a pular e meus veteranos começaram a sorrir animadamente. Corri para a sala da matrícula e depois de assinar muitas coisas, lá estava começando a cair minha ficha: eu me tornei uma universitária. Sai da sala e quando voltei para onde estava fechada a porta de vidro, vi uma multidão de pessoas me esperando do lado de lá da porta de vidro: meus veteranos e eles estavam lá me esperando (fui a última a fazer matrícula...). Quando a porta de vidro abriu, perguntaram: "Deu certo?", eu fiz que sim com a cabeça e a gritaria e as palmas vieram.


É isso. Agora tenho que esperar dia 9 de agosto para as aulas começar. E eu estou com o sentimento de que fiz a escolha certa. Tanto esforço, valeu a pena. Sou uma univeristária. Tenho mais coisas para dizer, mas não nesse post...


FELICIDADE! *-*





Um comentário:

Anônimo disse...

preciso mto da sua ajuda e urgente! por favor! qual o número dessa sua advogada! estou na mesma situação , obrigada,preciso disso urgentemente pra essa sexta até umas 10 da manha! obrigada!