sexta-feira, 14 de setembro de 2012

"E se eu puder fazer por ti o que ninguém jamais fez por mim, eu faço"

Eu te compus uma música no escuro. E te entreguei quando o dia nasceu. Eu não sei compor, não sei rimar, mas tentei. Agora só falta arrumar um ritmo certo, um ritmo que não seja brega. E preciso depois aprender a não desafinar na hora de cantar. Ou canto desafinando mesmo. Depois eu escrevo um livro. Picho um muro na frente da sua casa. Escrevo em um outdoor na rua do seu trabalho. Bato na porta de um astrônomo e peço para ele colocar seu nome em uma estrela bem brilhante. Roubo mil rosas e te dou, imitando Cazuza, só para ouvir sua voz rouca me chamando de exagerada. E conto para o motorista do ônibus sobre você. Escondo meu celular para ninguém descobrir nossos segredos. Puxo sua mão pela madrugada. Beijo seu pescoço antes de dormir. Vou para o litoral, mergulho em alto mar e te dou uma estrela-do-mar de presente de recordação. Te ensino a montar cubo mágico. Te espero mais vinte minutos, te espero mais vinte anos. Escrevo cartas e escondo em lugares que você só achará daqui alguns anos. Cozinho sua receita preferida. Divido minha bebida com você. Divido meu travesseiro. Divido meus sonhos. Vejo o seu filme preferido quantas vezes você quiser. Faço você ver meu filme preferido quantas vezes eu quiser. Depois, depois, depois. Depois te conto uma história bonita. Leio o mesmo livro quantas vezes você quiser. Murmuro que te amo depois de uma briga. E sigo te amando.

Te espero mais vinte minutos todos os dias,
Te espero mais vinte anos em todas as vidas que cabem em mim.

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