quarta-feira, 20 de maio de 2009

Desligue o rádio e a tv.


É engraçado acordar todos os dias sabendo que um monte de coisas legais vai acontecer e achar que no fim da tarde você vai aparecer como sempre fazia para me ouvir contando meus desastres, minhas dores, minhas brigas, meus choros e minhas risadas. Você era tão lindo – mesmo eu não te vendo – você prestava atenção em tudo que eu dizia e ainda fazia os melhores comentários sobre o assunto. Era algo tão confortante que eu vivia dizendo para mim mesma que não conseguia me imaginar sem você. Nossos finais de tardes eram os melhores, sem exceção. Até mesmo aqueles em que nós brigávamos porque você dizia que eu era ciumenta e você ia e me contar sobre a sua paixão platônica e estranha pela Rita Cadillac. Mas um dia você simplesmente sumiu.

Foi dolorido passar um final de tarde sem te contar as coisas, eu tinha certeza que no dia seguinte você apareceria, mas você não apareceu. Apareceu depois de um mês e eu achei que era para ficar, mas sumiu de novo. Apareceu depois de mais um mês e eu achei que era para ficar, mas não foi novamente. Até que agora irá fazer dois meses que você não aparece. Talvez você tenha optado por ser racional e entre “ficar ou sair da minha vida” você tenha escolhido sair. É algo que eu ainda tento me conformar. Eu queria ver você voltar, queria mesmo. Mas juro que dessa vez era só para dizer tudo que eu vivo te escrevendo e nunca tive coragem de falar, era só para libertar todos esses sentimentos que parecem que me corroem há UM ANO e dizer para você que tudo bem se você quiser sumir.

Eu sei que eu sou forte e eu sei que eu vou saber lidar com isso. Mas é dolorido ver as conversas, ver as brincadeiras, ver as fotos e não sentir sua falta. Você era uma parte de mim, eu já disse isso para todas as pessoas ao meu redor e você ainda é uma parte de mim, esse colar no meu pescoço talvez prove isso. Eu nunca vou esquecer que eu e você somos O+ e você brincou que nossos filhos seriam também, eu nunca vou esquecer você fazendo brincadeirinhas como ‘Ah, nossos nomes tem o mesmo número de letras’, nunca vou esquecer quando você ficou reclamando do tamanho do seu nariz e muito menos das nossas promessas de um dia nos encontrarmos e você me levar para conhecer sua cidade.

Eu gosto de você, gosto e gosto mesmo. E acho que isso só vai passar se um dia eu te disser. Espero que você volte para saber o tanto que você marcou, arrumou, bagunçou, coloriu, rasgou, dilacerou, alegrou, entristeceu a vida de uma pessoa – que no caso sou eu. Ah... Saudades.

PS.: Eu queria tanto te contar que eu finalmente comprei o ingresso para o show, o show que eu te falei o tempo inteiro nas últimas vezes que nos falamos. Eu vou no show e cadê você para ficar feliz por mim?

4 comentários:

Anônimo disse...

É ruim ficar esperando por uma coisa indefinida. Eu sei bem como é isso. Mas, como diz aquele velho ditado: o que é realmente nosso nunca se vai para sempre. Tavez seja só questão de tempo.

Adorei seu texto! E andei lendo "Miserable at best", muuuuito bom.
Parabéns. xxo

Luísa disse...

aaai caule,voce pode contar pra mim que voce comprou o ingresso do show que voce tava louca pra ir :( sei que nao é a mesma coisa,mas a gente supera. estarei seempre aqui!♥

mamma disse...

amr, lindo mesmo ta :) vou criar um só para comentar aqui *-*

Isabela disse...

AAAAAH PAULETINHA!Que lindo,lindo lindo!