terça-feira, 2 de junho de 2009

Tamanduá.


Ano passado eu ganhei um urso do meu pai. Na verdade era um tamanduá de pelúcia. Eu queria tanto dar um nome pra ele. Eu sei que não estou na idade de ficar com ursinho de pelúcia, mas eu tenho o meu querido tamanduá. Voltando. Eu queria dar um nome. Foi aí que me veio a ideia de dar um nome em sua homenagem. Eu lembro o tanto que você riu do meu vídeo te contando que estava em dúvida entre 3 nomes - todos relacionados com você. Parecia até que eu estava escolhendo o nome do nosso filho. E aí você decidiu fazer a junção de dois nomes. Eu fiz. Eu passei a dormir todas as noites com ele. Eu lembro quando meu priminho destruiu a boca dele e você ficou bravo, falando que eu não ligava. Eu lembro o tanto que nós rimos disso depois. Eu lembro quando eu disse que iria te dar o tamanduá pra você cuidar e naquela carta - naquela - você me disse que era pra eu ficar com ele, porque ele dorme comigo e pelo menos ele é confiável. Ah. Um simples tamanduá de pelúcia que me faz companhia todas as noites. Até sussurrar para ele a falta que você me faz, eu já sussurrei. É engraçado até. Howie Chan. Esse é o nome. E nem que eu queira tem como deixar de lembrar de você. É só olhar para aquela boca destruída ou aquele furinho na barriga dele que eu lembro de você. Tanto faz.

"Por que você desapareceu? Sem avisar a quem mais queria ter você por perto, que está de braços abertos pra te abraçar. Não importando onde você estava ou se importava em não me magoar. Não me fazer chorar, pensando no que eu fiz e eu não fiz nada que pudesse te magoar, que fizesse você chorar. Então, quem errou?"

Essas minhas recaídas me estressam.

Um comentário:

Ana Clara. disse...

adorei. também tenho um bichinho de pelúcia em homenagem a ele, hm. só que no caso é aquele ratinho, er, Ratatuille, acho que se escreve assim. bj sz