domingo, 21 de fevereiro de 2010

Ninguém imagina

"E o que eu mais quero hoje é te encontrar,
tocar o teu rosto, poder te abraçar,
parar no tempo que contigo eu passar."

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Remar. Re-amar. Amar.


"Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar." (Caio Fernando Abreu)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Remember yesterday.


Coloquei as músicas do meu computador para rodar e de repente caiu em I Remember You da banda Skid Row. É, essa música foi uma das (muitas) que embalaram meu relacionamento com ele e talvez seja por isso que eu esteja com vontade de escrever. Mesmo que tenha 3 anos que isso aconteceu, eu quero escrever e não, isso não quer dizer que eu ainda o amo.

Eu lembro muito bem que a primeira vez que ele trocou uma palavra comigo foi em uma festa em março do meu primo e ele disse: "Meu amigo gosta tanto de você... Por que você nunca deu uma chance pra ele?" Eu soltei um riso bobo e disse: "Não posso ficar com alguém que eu não goste." E eu juro, meu encantamento começou por causa dessas palavras que nós dissemos em menos de 3 minutos.

Na semana seguinte, nós estávamos na escola e você disse: "Por que você não vem pra escola a tarde? Estudar e tal" Eu sorri e prometi que passaria a ir mais vezes. Mas você nem imaginava que eu iria só para te ver.

Começamos a ter muito assunto virtualmente, todos os dias no MSN nós conversávamos. Aí um dia, novamente você me fez sorrir que nem uma boba... Você me chamou pra ir na escola em um evento que ia ter a noite para te ver tocar. Eu fui e quando eu cheguei lá, me senti a namorada de um popstar: você simplesmente colocou seu violão em algum canto e pulou do palco para vir conversar comigo. Meu coração já acelerava por você.

Em uma das idas na escola a tarde tudo começou. Você me chamou pra dar uma volta porque a biblioteca estava quente... Eu peguei meu mp3 e fomos andando em silêncio. Até que chegamos em um corredor e sem mais, nem porquê você me beijou. Eu lembro bem que tocava: Vem pra cá - Papas da Língua. Não lembro ao certo quanto tempo ficamos lá, mas lembro que depois fomos para sua sala de aula (que estava vazia) e nos beijamos lá também. Até que a moça da coordenação nos pegou lá e eu quis me esconder de tanta vergonha. Você gargalhou e disse: "Você tá vermelhinha".

E aí nossa história continuou até o fim daquele ano. Eu não vou escrever tudo que aconteceu, eu me lembro bem e isso já é lindo. Não preciso contar de quando eu chorei e você me abraçou por mais de 10 minutos de uma maneira que eu pensei que nada poderia me machucar, a primeira vez que você me chamou daquele apelido, quando a gente brigava, quando a gente fez as pazes (de uma das milhares de brigas) em um bar enquanto você tava bêbado e me perguntou "Você ainda gosta de mim?" e antes que eu respondesse que "Sim, sim, sim" você me beijou, quando você me ligou 17 vezes seguidas e eu não te atendi, quando você cantou pra mim, quando você me falou a frase dessa música "Remember yesterday, walking hand in hand, love letters in the sand and I remember you", quando você cortou o cabelo e me surpreendeu, quando eu disse que você era meu Shrek e você disse que eu era sua Fiona, quando por esse motivo a gente foi na estreia de Shrek, mas mais ainda... Quando você me chamou para conversar na escola em uma manhã de outubro (ou seria novembro?) e disse: "Eu acho que não vai mais dar certo" e foi nessa hora que eu cai a ficha que o amor estava se tornando unilateral. Foi então que depois de uma longa conversa, você disse que gostava muito de mim e que queria que eu me cuidasse. Você me deu um daqueles abraços protetores e beijou o topo da minha cabeça. Eu segurei e consegui não chorar... Mas você tomava uma coca-cola e falou: "Quer?" e eu disse que não. Aí você foi pra lá e eu fui pro lado oposto... As lágrimas cairam loucamente, dei uma última olhadela para trás e soltei um suspiro. Desde então, você continua andando pra lá e eu continuo andando pro lado oposto.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Cuidado para não surtar.


É essa a frase que eu repito calmamente para mim nos últimos dias, minhas férias acabam hoje e amanhã eu iniciarei meu último ano do colegial.

Eu sei que passaerei por experiências incriveis e que viverei momentos de muita felicidade. Mas isso não é o bastante para me acalmar... As aulas nem começaram e eu já sinto uma pressão a respeito do vestibular: Paula, você tem que passar. Não sou só eu que digo isso para mim mesma, eu sempre acho que as pessoas querem dizer isso pra mim. Eu me sinto como uma anã e estou rodeada de gigantes repetindo para mim o que tem que acontecer quando eu terminar o colegial.

Ok, vou estudar, vou me divertir e aproveitar cada segundo ao lado dos meus amigos. Eu não vou surtar, só preciso tomar cuidado e não deixar que a pressão seja maior que eu sou capaz de aguentar. Mas ah, eu aguento bastante, viu?

Pode chegar, terceiro colegial.