segunda-feira, 15 de junho de 2009

R.T.

Fazem 15 dias que eu te vi. 15 dias. Só depois de 15 dias que eu estou me arriscando a procurar palavras para expressar tudo que eu senti naquele dia e tudo que eu sinto por ti.

Eu tento demonstrar pra todo mundo que o que eu sinto vai além de uma simples atração física — sim, eu confesso que te acho lindo, mas isso não é tudo, na verdade, isso não é nem metade, isso é um detalhe. Seu estilo, seu gosto musical, seus problemas, seu modo de ver as coisas, sua molecagem, sua sabedoria, sua forma de tocar e de sentir o que está tocando, sua forma de cantar e principalmente a inspiração que você me dá, é ISSO que importa para mim.

Lembro muito bem de quando eu soube que a Fresno viria para Uberlândia; eu estava na internet e olhei o fotolog de vocês e estava lá. Foram meses de contagem regressiva, de raiva, de ansiedade e de sonhos. Não consigo contar nos dedos quantos sonhos eu tive com a chegada de vocês em Uberlândia. Até cheguei a sonhar que vocês me convidaram para entrar na van e eu fui apresentar a grande cidade que eu vido — oho. Eu delirava e imaginava que veria vocês, que abraçaria e sentiria o perfume de perto de cada um de vocês — principalmente o teu, claro.

Chegou o grande dia. Eu consegui. Depois de um dia inteiro andando pela cidade procurando você, eu finalmente consegui. Eu entrei no Hotel e fiquei esperando vocês na recepção, trancada com a mãe de uma amiga e com mais 4 amigas. Primeiro desceu o Bell, mas eu já tinha visto ele antes. Eu estava nervosa demais, eu tremia e estava com medo de morrer de chorar quando chegasse perto de você. O elevador subiu. Parou no terceiro andar. O elevador desceu. A porta se abriu. Você deu um passo desajeitado para fora do elevador e olhou para nossa direção. Eu fiquei puxando o ar por não sei quantos segundos. Até que eu disparei — não, não no sentido literal — em sua direção. Eu entrelacei meus braços em volta da sua cintura e eu queria ter parado o tempo ali. Eu queria ter ficado abraçada com você pra sempre e eu queria também ter tido a chance de conversar mais com você. Não queria ter uma conversa de fã para ídolo e sim de pessoa para pessoa. Isso que eu queria. Mas não importa. Depois de tirar fotos e de te soltar. Nós mostramos o cartaz. Você colocou uma mão no peito de um jeito tão... humilde que eu me derreti inteira. Quando você tirou foto com todas nós 5 e foi conversar com o Luringa, eu fiquei te observando. Eu sabia que ia parecer chata. Mas eu queria tirar o máximo de proveito. Depois que tirei foto com todos da banda, saí discretamente e fui até vocês. Dei um leve sorriso para o Luringa — nem me lembrei de pedir uma foto com ele, igual uma amiga disse: para mim era só você naquele momento, todo mundo sumiu ao redor. Eu estava tão hiperativa. Tão hiperativa que você deve ter pensado que eu tenho algum tipo de problema. Eu pedi para tirar uma foto te dando um beijo no rosto e você, todo simpático, disse que tiraria, mas você — SIM, você. — pediu para bater a foto, porque você já era experiente nisso. Eu entreguei a câmera paralisada para você. Não estava no local onde se bate a foto, você com um jeito todo tímido, abaixou a câmera e me pediu para te ajudar. "Como arruma isso?". Eu tive que ficar na ponta do pé para arrumar, coloquei e nós tiramos. A foto ficou tremida. Droga. Você falou para tirarmos outra porque tinha ficado tremida. Tiramos outra e ficou LINDA. Eu te perguntei se queria ficar com o cartaz e você deixou seus olhos tão brilhantes que eu me assustei. O seu "Claro que sim" foi o mais lindo. Eu te pedi desculpas por estar rasgado e você disse que nem tinha reparado. Você segurou o cartaz e olhou ao redor e se perguntou aonde colocaria. Eu fiquei te observando, tirando fotos com os olhos, sabe? Para lembrar de tudo como eu me lembro. Você apenas balançou os ombros e disse que guardaria na van para pegar depois. Eu me lembrei que queria fazer um vídeo seu me mandando um beijo. Comecei a rir de mim mesma ao lembrar. Você me olhou... Assustado? E eu disse que tinha tido uma ideia. Você apenas sorriu torto e perguntou qual era. Eu disse, ainda rindo, que queria que você fizesse um vídeo me mandando um beijo. Você disse que faria. A mãe da minha amiga chegou para tirar foto. Depois que ela tirou, você se virou para mim e disse: "Vamos fazer o vídeo?". Você fez questão de fazer o vídeo. Foi demais para mim. Depois de algum tempo, eu me despedi, você deu um tchau desajeitado enquanto já saia para fora da recepção e as meninas estéricas te esperavam do lado de fora. O Lucas assinou minha blusa e assim, vocês entraram na van. Você com o meu cartaz. Quando vocês entraram naquela van, eu simplesmente desabei, era tanto sentimento misturado, era inacreditável demais que você tinha sido tão gente boa, tão gentil... Exatamente como eu imaginava — na verdade, foi mais do que eu imaginava. Eu chorei. Chorei mesmo. Chorei muito. Pedi consolo ao meu pai, às minhas amigas e ao irmão da minha amiga.

Para completar. O show foi perfeito. Você me deu um sorriso em 'Duas Lágrimas' e eu perco as palavras para falar desse momento. Milonga também. Ah... Milonga. Minha música preferida, sua música preferida da Fresno. É. Quando eu digo que quero conversar com você, é exatamente sobre esses detalhes tão banais que parecem se encaixar tão bem.

Você me inspira, Tavares. Você é um Mestre para mim.

Eu sei tudo de você, sei suas bandas favoritas, seus vícios e suas vontades. Sei seus erros e mais ainda, seus acertos. Você nada sabe de mim. Você nem deve se lembrar da fã do Hotel de Uberlândia, mas eu lembro. Isso já é muito.

Você já foi fã. Cidadão Quem que o diga. Você já foi e é.

Uma palavra resumiria TUDO: Obrigada.

Um comentário:

Alana :D disse...

ele é lindo, maravilhoso. e eu fiquei muiiito feliz da gente ver ele, e ainda mais por você :D e realmente, você disparou pra cima dele ;x UHDUSADHSUDSA. te aaaamo siiis :*