domingo, 21 de junho de 2009

Coração disparado.


É engraçada essa sensação que nós temos. Essa emoção de colocar a mão no peito e sentir como se estivesse toda uma bateria de uma escola de samba dentro de nós ou quem sabe, sentir as mãos geladas e trêmulas como se estivesse com alguma crise nervosa. É engraçada essa emoção que o amor nos dá. Eu achava que já não sentia isso mais, porém... Você vai embora e sempre que você volta as crises nervosas e as escolas de samba voltam. Eu gosto disso. Eu já perdi as contas de quantas vezes você arrancou o meu fôlego.

"And I can't think of anybody else who I hate to miss as much as I hate missing you."

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Covardia.


Medo. Covardia. Falta de coragem. Uma pessoa covarde se esquece das consequências de sua covardia. Quem é covarde se esquece das alegrias que escorrem entre os dedos como areia. Pessoas ao redor que esperam tanto dessas pessoas se ferem pela covardia das mesmas. Não é necessário ter medo de viver. Se você cair, você vai saber levantar. Se você chorar, vai ter alguém pra te ajudar. Desperdiçar tudo isso por medo é o cúmulo da crueldade — consigo mesmo e com os outros.

Orgulho.


Um sentimento que todos nós possuímos. Alguns deixam aflorar e outros deixam escondido. Alguns morrem de medo de ferir seu orgulho, dizendo que sentem falta, que amam. Alguns despedaçam seu orgulho em pedaços minusculos ao se humilharem por alguma pessoa, ao se deixarem levar por impulsos que não são tão bons para si mesmo. O orgulho é algo difícil de lidar. Pessoas orgulhosas então... Mais difícil ainda. Pessoas orgulhosas não sabem assumir que estão tristes, pessoas orgulhosas não sabem assumir que sofrem, que se machucam e que quase morrem por sentimentos difíceis, pessoas orgulhosas se esquecem que há um mundo lá fora esperando para ser visto. Pessoas orgulhosas se esquecem que sempre vai haver alguém por perto para ajudar, sem precisar de vergonha ou de medo de expor suas fraquezas e suas feridas. Feridas ardem, orgulho só faz com que essas feridas nunca se cicatrizem.

R.T.

Fazem 15 dias que eu te vi. 15 dias. Só depois de 15 dias que eu estou me arriscando a procurar palavras para expressar tudo que eu senti naquele dia e tudo que eu sinto por ti.

Eu tento demonstrar pra todo mundo que o que eu sinto vai além de uma simples atração física — sim, eu confesso que te acho lindo, mas isso não é tudo, na verdade, isso não é nem metade, isso é um detalhe. Seu estilo, seu gosto musical, seus problemas, seu modo de ver as coisas, sua molecagem, sua sabedoria, sua forma de tocar e de sentir o que está tocando, sua forma de cantar e principalmente a inspiração que você me dá, é ISSO que importa para mim.

Lembro muito bem de quando eu soube que a Fresno viria para Uberlândia; eu estava na internet e olhei o fotolog de vocês e estava lá. Foram meses de contagem regressiva, de raiva, de ansiedade e de sonhos. Não consigo contar nos dedos quantos sonhos eu tive com a chegada de vocês em Uberlândia. Até cheguei a sonhar que vocês me convidaram para entrar na van e eu fui apresentar a grande cidade que eu vido — oho. Eu delirava e imaginava que veria vocês, que abraçaria e sentiria o perfume de perto de cada um de vocês — principalmente o teu, claro.

Chegou o grande dia. Eu consegui. Depois de um dia inteiro andando pela cidade procurando você, eu finalmente consegui. Eu entrei no Hotel e fiquei esperando vocês na recepção, trancada com a mãe de uma amiga e com mais 4 amigas. Primeiro desceu o Bell, mas eu já tinha visto ele antes. Eu estava nervosa demais, eu tremia e estava com medo de morrer de chorar quando chegasse perto de você. O elevador subiu. Parou no terceiro andar. O elevador desceu. A porta se abriu. Você deu um passo desajeitado para fora do elevador e olhou para nossa direção. Eu fiquei puxando o ar por não sei quantos segundos. Até que eu disparei — não, não no sentido literal — em sua direção. Eu entrelacei meus braços em volta da sua cintura e eu queria ter parado o tempo ali. Eu queria ter ficado abraçada com você pra sempre e eu queria também ter tido a chance de conversar mais com você. Não queria ter uma conversa de fã para ídolo e sim de pessoa para pessoa. Isso que eu queria. Mas não importa. Depois de tirar fotos e de te soltar. Nós mostramos o cartaz. Você colocou uma mão no peito de um jeito tão... humilde que eu me derreti inteira. Quando você tirou foto com todas nós 5 e foi conversar com o Luringa, eu fiquei te observando. Eu sabia que ia parecer chata. Mas eu queria tirar o máximo de proveito. Depois que tirei foto com todos da banda, saí discretamente e fui até vocês. Dei um leve sorriso para o Luringa — nem me lembrei de pedir uma foto com ele, igual uma amiga disse: para mim era só você naquele momento, todo mundo sumiu ao redor. Eu estava tão hiperativa. Tão hiperativa que você deve ter pensado que eu tenho algum tipo de problema. Eu pedi para tirar uma foto te dando um beijo no rosto e você, todo simpático, disse que tiraria, mas você — SIM, você. — pediu para bater a foto, porque você já era experiente nisso. Eu entreguei a câmera paralisada para você. Não estava no local onde se bate a foto, você com um jeito todo tímido, abaixou a câmera e me pediu para te ajudar. "Como arruma isso?". Eu tive que ficar na ponta do pé para arrumar, coloquei e nós tiramos. A foto ficou tremida. Droga. Você falou para tirarmos outra porque tinha ficado tremida. Tiramos outra e ficou LINDA. Eu te perguntei se queria ficar com o cartaz e você deixou seus olhos tão brilhantes que eu me assustei. O seu "Claro que sim" foi o mais lindo. Eu te pedi desculpas por estar rasgado e você disse que nem tinha reparado. Você segurou o cartaz e olhou ao redor e se perguntou aonde colocaria. Eu fiquei te observando, tirando fotos com os olhos, sabe? Para lembrar de tudo como eu me lembro. Você apenas balançou os ombros e disse que guardaria na van para pegar depois. Eu me lembrei que queria fazer um vídeo seu me mandando um beijo. Comecei a rir de mim mesma ao lembrar. Você me olhou... Assustado? E eu disse que tinha tido uma ideia. Você apenas sorriu torto e perguntou qual era. Eu disse, ainda rindo, que queria que você fizesse um vídeo me mandando um beijo. Você disse que faria. A mãe da minha amiga chegou para tirar foto. Depois que ela tirou, você se virou para mim e disse: "Vamos fazer o vídeo?". Você fez questão de fazer o vídeo. Foi demais para mim. Depois de algum tempo, eu me despedi, você deu um tchau desajeitado enquanto já saia para fora da recepção e as meninas estéricas te esperavam do lado de fora. O Lucas assinou minha blusa e assim, vocês entraram na van. Você com o meu cartaz. Quando vocês entraram naquela van, eu simplesmente desabei, era tanto sentimento misturado, era inacreditável demais que você tinha sido tão gente boa, tão gentil... Exatamente como eu imaginava — na verdade, foi mais do que eu imaginava. Eu chorei. Chorei mesmo. Chorei muito. Pedi consolo ao meu pai, às minhas amigas e ao irmão da minha amiga.

Para completar. O show foi perfeito. Você me deu um sorriso em 'Duas Lágrimas' e eu perco as palavras para falar desse momento. Milonga também. Ah... Milonga. Minha música preferida, sua música preferida da Fresno. É. Quando eu digo que quero conversar com você, é exatamente sobre esses detalhes tão banais que parecem se encaixar tão bem.

Você me inspira, Tavares. Você é um Mestre para mim.

Eu sei tudo de você, sei suas bandas favoritas, seus vícios e suas vontades. Sei seus erros e mais ainda, seus acertos. Você nada sabe de mim. Você nem deve se lembrar da fã do Hotel de Uberlândia, mas eu lembro. Isso já é muito.

Você já foi fã. Cidadão Quem que o diga. Você já foi e é.

Uma palavra resumiria TUDO: Obrigada.

domingo, 14 de junho de 2009

O medo ganhou dessa vez.



Eu não consigo entender porque o medo está sempre à frente de todas as emoções e sentimentos. Eu não consigo. A impressão que eu tenho é a de que ele teve medo de ser feliz. Não consigo achar outra explicação mais convincente que essa.

Em um dia ele era aquele menino eufórico, que conseguiu fazer com que eu me sentisse a menina mais linda do mundo, e no outro ele era frio, como se eu não fosse nada daquilo que ele havia me dito, e parece que aquilo era uma maneira de se proteger de tudo que nem sequer chegou a acontecer. Eu paro para pensar todos os segundos e fico completamente assustada com a personalidade que ele tem, é complexa demais. Eu só queria que ele soubesse o quanto que ele é incrível. Eu cheguei à conclusão que ele tem medo de se entregar, de se expor e de se arriscar a viver algo. Ele prefere o controle de uma situação fácil de lidar do que uma experiência onde ele vá perder o controle de toda a situação. Ele prefere o conformismo do “certo” (mesmo que o certo não seja o que ele queira.) do que a possibilidade do duvidoso (mesmo que o duvidoso seja o que ele queira, e por ele querer, é o certo, mas ele não vê isso.)

Ele tem medo do amor, isso é outra coisa que eu cheguei à conclusão, e se ele tem medo do amor é porque ele tem medo de ser vulnerável, parecer romântico demais, perder o jogo para o coração e esquecer onde fica a razão. E por isso ele prefere não confiar, não arriscar e não tentar. E os possíveis momentos de felicidade que nós poderíamos ter vivido escorrem entre os dedos, como água. É horrível a sensação de olhar algo e pensar que está sendo desperdiçado, e é assim que eu me sinto quando penso nele: que tem alguém atrás daquela máscara que está sumindo e sendo trocado pelo alguém que está por cima da máscara. Mas tem tantos momentos em que ele me dá aquela chance de espiar atrás da máscara e logo depois a coloca de novo, só para eu pensar que aquilo não existiu ou que era apenas coisa da minha cabeça. Pena que ele não consegue, eu me lembro de tudo o que ele disse e tenho certeza que eu não imaginei as coisas diferentes e ele realmente disse as coisas do jeito que as tenho em mente.

Diante de tudo isso que nós passamos todos os dias, todas as mudanças de humor dele, diante de tudo isso, eu tenho vontade apenas da sinceridade dele, dele me dizer o que ele sente por mim de verdade, sem nenhum medo. Eu queria que ele dissesse a verdade, sem falar o que eu gostaria de ouvir e sim o que ele gostaria de dizer. Eu gostaria de entender por que ele me fez acreditar em algo que ele não acreditava que pudesse dar certo. Não falo isso com raiva ou vontade de brigar com ele, mas eu gostaria que ele respeitasse o que eu sempre dizia quando “a nossa relação” começou: não brincar com meus sentimentos. Ele não entendeu que não precisava mentir pra mim ou agir de má-fé.

Se eu escrevo isso, é porque eu nunca me conformei em ter te perdido (antes mesmo de ter te tido). Só que eu não sou capaz de fazer o seu papel nessa história, cabe a você entender o que você sente, eu não consigo amar e pensar por nós dois, me desculpe. E eu acho graça de como você foi capaz de fazer com que eu me apaixonasse por você e ainda por cima admitir isso para você para logo depois você sair do jogo. Era como se eu e você estivéssemos em um porto, você gritava de dentro do barco “entra, entra, amor!” e quando eu resolvi entrar, nós fomos remando até não muito longe dali, e quando eu olhei para o lado você não estava mais no barco, você havia pulado e me deixado sozinha com um gravador com a sua voz, me fazendo pensar que você ainda estava comigo e agora eu já não poderia remar de volta porque aquele barco só poderia ser remado a dois. Eu nunca vou modificar nada do que eu te disse e nada que eu te disse foi mentira. Eu ainda te amo, e não sei até quando isso vai durar, não sei se você vai perceber o que acontece dentro de você mesmo, não sei se você vai tirar essa máscara.

Mas eu ainda te amo, apesar de tudo, e por mais que isso machuque é exatamente como se canta naquela música da Legião Urbana: “és parte ainda do que me faz forte, e pra ser honesto só um pouquinho infeliz.”

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Libertar.


"Quando você se libertar, aonde gostaria de ir? Quem iria procurar? O que ia te fazer sorrir? Se errado fosse estar, seria errado descobrir o que você irá deixar pra quem nunca te deixou partir. Se há razão para chegar, se ainda há tempo pra esquecer, se eu não posso te levar, aonde você for eu seguirei você. Pra onde você for voar, eu vou na mesma direção. Estou aonde você está, vivo pra não morrer em vão. E quando menos esperar terá um novo caminho e não vai ter motivos pra ficar perdida em tanta ilusão. Se está onde você quer estar, dentro de um sonho ou sozinha em qualquer lugar.

Aonde você for, eu seguirei você."


Essa música é linda. Linda.
Minha inspiração anda baixa.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Caramba.


"E, sério, todo mundo perdoa a vida sem reclamar. (tá, sempre tem as pessoas recalcadas, mas elas recebem esse adjetivo não por acaso). O problema, criaturas terrenas, são as pessoas. Elas existem. Estão aí ao nosso redor o tempo todo (talvez até principalmente quando a gente não quer que elas estejam). E nós temos que conviver com elas. E amá-las. Porque é bonito viver assim. E é mesmo. Só que, voltando a ela, o verbo esperar está aí. Pomposa como ela só. E a gente espera. Mais além: a gente espera pra caralho. E elas (quase) nunca correspondem a nossa expectativa (aliás, a etimologia do verbo esperar está ligada à palavra expectativa, ainda no latim isso). Por quê? Não é possível que Deus seja malcriado o suficiente para debochar da sua cara assim. É claro que Ele não é. (ou ele é e a gente não sabe lidar com isso, mas não vem ao caso). A questão é que O PIOR DE TODAS AS COISAS RUINS DO MUNDO é que a culpa é completamente sua. Você espera. A coisa não vem. A culpa é da coisa? Ah vai. Você nem gritou por ela. Esperou por esperar. Por achar que tinha combinado sem dizer uma palavra. (olha, esse tipo de contrato não vale judicialmente). E outra, francamente, a coisa pode nem existir. Você nem se certificou de que ela existia mesmo antes de esperá-la. Resolveu esperar porque seria lindo, ótimo, perfeito se ela existisse. Concordo. concordamos (eu e a coisa). Mas, se ela não existe, não adianta nem gritar. O que não existe, não faz ninguém parar de esperar. Entende? Não saia por aí culpando os outros porque eles não corresponderam às suas expectativas. As expectativas são suas. E, se em nenhum momento o outro prometeu corresponder, a culpa é toda sua. E, infelizmente, vocês vão ter que resolver isso sozinhos."

Acho que esse texto falou tudo.
tudo. TUDO.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Oh, beautiful.


? diz:
você é sempre tão... tão paula que eu acho que posso explodir quando você começa a falar que sente a minha falta. pq é como se alguém estivesse com as mãos no meu pescoço me impedindo de respirar.

Não me canso de ler tudo que você me mandou.

Um dia nós vamos rir de tudo isso.
Juntos ou separados. Não importa.
O que importa é que vai ser engraçado.

Toda essa dor que nos sufoca vai servir para alguma coisa.
Para quê vai servir? Eu também não sei.

Eu sei que tem algo ali na frente, eu só não consigo ver porque tem um punhado de dor na minha frente. Mas eu vou passar por essa dor e você também. De cabeça erguida. Os dois. E eu vou ver o que tem ali na frente. Só espero que eu não me decepcione. Só espero que eu não te decepcione. Só espero que sejamos recompensados. Só espero que você pense no meu lado. Só espero que você se lembre do passado. Só espero. Só espero. Esperando. Esperando.

Eu vou é dormir. Esperando.

LOVE.jpg

Eu posso ser sensível demais. Emotiva demais. Movida à todo vapor pelos meus sentimentos. Mas eu não sei falar as coisas. Sim, eu sei escrever, mas falar olhando nos olhos eu não dou conta. Eu sei, tenho que aprender. Essa é a Luísa, minha antiga Lulu. Eu não me lembro de ter dito que a amava em nenhum momento, a não ser quando ela dizia e eu respondia com um: eu também. Eu não tenho culpa de ser assim. Hoje eu parei para pensar em tanta coisa da minha vida, tanta coisa que em algum momento de tantos pensamentos eu cheguei no pensamento sobre a minha amizade com ela. Parecia que eu estava entrando em uma máquina do tempo. E desculpem pela grosseria, mas CARALHO, que amizade é essa? São 2 anos e poucos meses que eu a conheço. Ela não gostava de mim no início. Típico. Mas tenho certeza que o que aconteceu, a partir do momento que eu fui obrigada a sentar com ela no trabalho de português e a gente ficou parecendo duas mudas, vai muito além de uma amizade comum. É algo que nem eu mesma consigo explicar. Tento achar as palavras e elas nunca aparecem. Já foram tantos momentos. Eu já fiquei com tanta raiva dela por motivos bobos, mas para compensar eu já fui tão feliz ao lado dela por motivos mais bobos ainda. Eu tento imaginar minha vida sem ela e de maneira alguma eu dou conta. É algo grandioso e forte demais de se dizer, mas eu digo: eu não vivo sem ela. Ok, eu não consigo encaixar as palavras. Droga. Até na hora de escrever eu não dou conta. Mas fica aqui o meu mais sincero: Eu amo você, amiga. Você é um anjo que apareceu no meu caminho.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Tamanduá.


Ano passado eu ganhei um urso do meu pai. Na verdade era um tamanduá de pelúcia. Eu queria tanto dar um nome pra ele. Eu sei que não estou na idade de ficar com ursinho de pelúcia, mas eu tenho o meu querido tamanduá. Voltando. Eu queria dar um nome. Foi aí que me veio a ideia de dar um nome em sua homenagem. Eu lembro o tanto que você riu do meu vídeo te contando que estava em dúvida entre 3 nomes - todos relacionados com você. Parecia até que eu estava escolhendo o nome do nosso filho. E aí você decidiu fazer a junção de dois nomes. Eu fiz. Eu passei a dormir todas as noites com ele. Eu lembro quando meu priminho destruiu a boca dele e você ficou bravo, falando que eu não ligava. Eu lembro o tanto que nós rimos disso depois. Eu lembro quando eu disse que iria te dar o tamanduá pra você cuidar e naquela carta - naquela - você me disse que era pra eu ficar com ele, porque ele dorme comigo e pelo menos ele é confiável. Ah. Um simples tamanduá de pelúcia que me faz companhia todas as noites. Até sussurrar para ele a falta que você me faz, eu já sussurrei. É engraçado até. Howie Chan. Esse é o nome. E nem que eu queira tem como deixar de lembrar de você. É só olhar para aquela boca destruída ou aquele furinho na barriga dele que eu lembro de você. Tanto faz.

"Por que você desapareceu? Sem avisar a quem mais queria ter você por perto, que está de braços abertos pra te abraçar. Não importando onde você estava ou se importava em não me magoar. Não me fazer chorar, pensando no que eu fiz e eu não fiz nada que pudesse te magoar, que fizesse você chorar. Então, quem errou?"

Essas minhas recaídas me estressam.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Detalhes.


Meu medo de esquecer alguns detalhes da minha vida é tão grande que eu fico procurando saídas para não esquecer. A melhor saída é escrever. Escrever e escrever. Eu escrevo até o que parece inutil para algumas pessoas, mas é tão importante para mim.

Eu não quero esquecer de sábado, o melhor show da minha vida, o melhor encontro da minha vida. Eu não quero esquecer do abraço e do cheiro doce do Rodrigo Tavares. Eu não quero esquecer da minha felicidade ao tirar uma foto e sentir uma apertada na cintura pelas mãos fortes - porém magras - do Tavares. Eu não quero esquecer do passo desajeitado que ele deu para fora daquele elevador. Eu não quero esquecer da estufada na bochecha que o Lucas deu na hora que eu fui dar um beijo nele. Eu não quero esquecer dos olhos inchados de sono do Vavo. Eu não quero esquecer da voz linda do Bell. Eu não quero esquecer. Eu não quero esquecer que eu corri minha cidade inteira atrás dessa banda e em certo momento até pensei em desistir e ficar parada ali, no meio da rua, sem esperança e desesperada, mas eu não desisti. Eu não quero esquecer da dor que eu senti ao acordar ontem, dores de garganta e dores no corpo. Eu não quero esquecer de quando o Tavares pegou o meu cartaz no hotel. Eu não quero esquecer das milhares de lágrimas que eu deixei escorrer. Eu não quero esquecer de nada. Eu imploro para mim mesma que não deixe essas e mais tantas outras lembranças desaparecerem. Por favor, que nunca venham memórias que ousem substitui-lás. Eu não vou deixar.

E também. Não quero esquecer de ti. Não me importa o tanto que eu fui enganada; nossos momentos felizes foram tão... Felizes. É até engraçado de se dizer. Foi mais de um ano que se desfez rapidamente. O que ficou e o que aconteceu já valeu muito a pena.

Memórias. Uma palavra tão bonita, uma marca tão grande, uma ferida que ainda está se fechando, olhos ainda inchados. Coração ainda lotado de tanto sentimento. Memórias.