Eu quero te contar uma coisa, mas não sei direito como começar. Eu estou meio confusa e um pouco nervosa. Olha as minhas mãos, quer dizer, pegue as minhas mãos. Tá sentindo? Elas estão geladas, eu sei. Eu sei também que eu estou um pouco descabelada, mas é que eu estava naquela festa que eu te disse que iria e talvez esse seja a razão para que a coragem chegasse e que eu batesse aqui na sua casa às quatro da manhã. Eu espero que você não tenha achado ruim. Claro que eu quero entrar, obrigada por me chamar. Você está com uma cara de sono. Acho que estou arrependida de ter vindo até aqui. Solta meu braço. Eu estou gargalhando porque sempre começo a rir quando estou nervosa. Tá bom, não irei embora mais. Seu sofá é confortável, senta aqui do meu lado. Isso. Posso pegar na sua mão? Obrigada. Eu quero te dizer que. Não me interrompe, por favor. Não, eu não estou com sede. Vamos para seu quarto, vai que sua mãe acorda, não é? Ok. Agora deita aqui ao meu lado na sua cama e me dá a mão de novo. Eu sei que eu estou parecendo alterada, mas eu estou bem, juro. Não acredito que até hoje você tem essas estrelinhas brilhantes no teto. Não, eu não estou falando mal, estou falando que é meigo. Eu só queria te falar que eu. Não estou chorando, é só um cisco. Se você me interromper de novo eu vou embora, está ouvindo? Eu só queria dizer que eu te amo. É, era isso. Eu sei que eu te falo isso todo dia. Eu sei que você também me fala todo dia. Mas dessa vez é diferente, você não vê? Vai, me deixa chorar. Eu aceito um abraço. Eu te amo de outro jeito, não entende? Não me olha assim. Eu sei que nós somos melhores amigos. Eu sei que você tem namorada. Não fala mais nada. Pronto, eu precisava fazer isso. É, foi um beijo. O que? Repete que eu não ouvi direito. Não acredito…
Um comentário:
Nooosa, ja fiiz algo parecido com isso
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