domingo, 30 de janeiro de 2011

Trem fora do trilho.

A pior parte de um relacionamento, mesmo que não seja um relacionamento de verdade, é quando um dos dois passa a não entender o que o outro realmente quer e tudo o que era motivo para sorrisos, começa a ser motivo para uma dor inexplicável. 

Antes, eu jurava que te entendia. Eu fazia meus cálculos mentais e aparentemente estava tudo em perfeita harmonia. Nada entre nós dois era muito claro, mas eu entendia as entrelinhas, eu entendia o que não era dito. Você era carinhoso até demais, apesar de em alguns poucos momentos, você dar uma afastada brusca para logo depois voltar tudo ao normal. Era um ciclo que não me incomodava, não me aborrecia.

Mas sabe quando um trem sai dos trilhos e não para? Foi isso que aconteceu. Um belo dia você não estava afim de falar comigo e não falou. Aquela afastada brusca momentânea de antigamente já estava sendo substituída por uma afastada total. E eu não entendi e por isso parei de te procurar... Um, dois, doze dias. Nós estamos nos perdendo? Está acabando aquilo que nem ao menos começou direito?

E depois de passar a última noite chorando, eu acordei fingindo o mesmo sorriso dos últimos dias. Mas eu só queria que hoje algo mudasse, eu queria que você me procurasse e me explicasse o que aconteceu. Hoje, eu queria ter coragem para te dizer realmente o que se passa dentro de mim há quase dois anos. Eu acordei fantasiando que uma mensagem sua chegaria, que você me ligaria ou que me chamaria no msn... Mas já é quase meia noite e nada aconteceu.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Saudade tem um nome: o seu.

Olha, eu tentei esconder o tempo todo, mas agora não dá mais. É triste e talvez bonito, mas a verdade é que eu sinto muito a sua falta. Aquela saudade que aperta tanto no peito que em alguns momentos, a minha vontade é chorar até não conseguir mais e pegar o telefone pra te pedir para voltar. Mas eu sou orgulhosa e você sabe disso.

Eu sempre me escondi do amor, exatamente pelo medo de acontecer o que aconteceu com nós: você me encantou, eu supostamente te encantei, mas você fugiu. Eu sei que o correto seria te odiar nesse instante, mas eu não consigo, quer dizer, o máximo que eu consigo é falar mal de você para as minhas amigas.

A parte mais dolorosa é que apesar de agora você estar muito longe de mim, você continua comigo. Tem algum sentido nisso? Não. Eu comecei a acreditar que saudade é algum tipo de assombração.

Se eu fecho os olhos, eu te vejo sorrindo e segurando aquela rosa que você me deu umas três semanas depois da gente se conhecer. Se eu começo a chorar, eu escuto você me chamar de todos aqueles apelidos lindos que você me chamava, seguidos de um “Te ver chorar é uma das piores coisas do mundo. Para, vai!”. Se eu solto uma risada com as minhas amigas, eu sinto você orgulhosamente depositando um beijo no topo da minha cabeça. Se eu consigo te esquecer por 5 segundos, você me atormenta nas horas seguintes.

Já faz quase um mês que eu não tenho notícias suas e que você não tem notícias minhas. Eu não tenho ideia da razão de tudo ter acabado e eu não sei se você pensa tanto em mim igual eu penso em você. Agora, eu não sei dizer se a minha vontade é a de deixar tudo pra trás e recomeçar da estaca zero ou se eu quero me agarrar às lembranças com a esperança de que a qualquer momento você volte.

A saudade é grande, a dor é imensa, o orgulho é gigante e as lágrimas são muitas, mas acima de tudo isso está a esperança de ver você voltando por aquela porta.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dreams only last for a night.


O sonho nasceu dentro de mim em 2007, quando um amigo me mandou duas músicas daquela banda que eu nem imaginava que significaria tanto para mim. A primeira vez que eu ouvi "Vegas" e "Poppin' Champagne" eu achei a banda bacana e comecei a procurar músicas novas, notícias e etc. O sonhou cresceu dentro de mim no final de 2009 quando começaram boatos de que eles viriam em maio de 2010, depois que eles viriam em julho de 2010 e não sei mais quantos boatos até o fato: "All Time Low virá para o Brasil em janeiro de 2011". Planos, planos e um sonho que eu tinha muita esperança de que seria enfim concretizado. Lágrimas, insistência e muita espera: foi um pouco do necessário que eu tive que suportar até chegar sexta-feira, 21 de janeiro de 2011.

Na sexta-feira, eu estava entrando dentro do ônibus com meu pai para ir daqui de Uberlândia para Belo Horizonte. 10 horas de viagem. Dores no corpo e ansiedade me acompanharam. Chegando em BH, fui dormir. Eu passei o sábado inteiro delirando e vendo os meninos da banda e o pessoal da equipe por todos os cantos. Eu olhava para o lado e falava: "Calma! Acho que aquele é o Vinny" e chegava perto para me certificar que estava errada. Eu sabia que eles ainda não haviam chegado na cidade, mas a ansiedade estava tomando conta de mim. 

E depois de rolar na cama e dormir super pouco de sábado para domingo, chegou o dia do show. Enrolei e enrolei, mas fui para a fila as 16:30. O pessoal do Motion City Soundtrack entrou pela porta da frente, tranquilamente e minha ficha estava começando a cair. As 18hrs o portão foi aberto, subi um lance de escadas correndo e já arrumei meu lugar: segunda fileira, pertíssimo da grade e no rumo do Zack. 

Meu coração acelerava quando o Flyzic aparecia, quando o Evan aparecia e eu achei que iria ter um ataque quando MCS subiu ao palco. Eu estava aérea no começo, mas depois pensei: "Daqui pouco tempo, vai ser a vez do All Time Low, é melhor curtir MCS também!" e pulei, pulei, gritei. Eles pareciam bastante animados com a plateia e muito felizes por estarem fazendo aquele show. Depois de uma setlist muito bem selecionada, o show deles chegou ao fim. 

A plateia começou com o coro: "All Time Low, All Time Low..." de maneira repetitiva e o pessoal da equipe apareceu e começou a organizar os detalhes finais. Ficaram tocando músicas variadas... Katy Perry, Usher e etc... Até que no meio de alguma música o som foi abaixado e ouvi uma voz no microfone dizer: "Com vocês... A-a-a-all Time Lo-o-o-ow" hahaha... Desesperei e comecei a gritar quando vi o Rian sentado na bateria aí eu pisquei os olhos e lá estavam os quatro tocando Lost in Stereo, logo depois veio Stella e Break Your Little Heart.

Minhas expectativas para aquele show eram altíssimas, mas por mais incrível que pareça, elas foram superadas de maneira absurda. A animação e a vibração que tinha enquanto eles tocavam, era indescritível. Destruí minhas cordas vocais em todas as músicas, pulei até não sentir mais minhas pernas, me derramei em lágrimas em Remembering Sunday - mas levei um susto quando uma fã invadiu o palco, haha - e surtei a cada palavra dita pelo Alex ou pelo Jack e mais: não conseguia deixar de rir de nada que o Jack fazia ou falava.Em um momento, Alex perguntou se estávamos com sede, deu um longo gole na garrafinha de água e a jogou para a plateia, no rumo em que eu estava... Levantei a mão para tentar pegar - assim como todos que estavam lá perto -, mas tudo que eu ganhei foi um banho, haha.

Depois de "Weightless", Alex começou a se despedir e disse: "We'll come back for you as soon as we can!" e com a euforia da plateia, eles fecharam o show tocando "Dear Maria, count me in" e logo depois começaram a jogar palhetas, garrafinhas, baqueta do Rian - que deu um sorriso que me cegou nesse momento. Alex levantou a blusa e mostrou seu mamilo e Jack virou a bunda para a plateia e deu uma rebolada, hahah. E assim, eles saíram do palco.

O show não encheu muito, eu não sou muito boa para dedução, mas acredito não passaram das 1500 pessoas lá. Mas quem foi... Soube muito bem fazer sua parte, gritando e pulando. E eu não tenho dúvidas de que a banda não se decepcionou. Como disse o Alex, nós somos 'fuckin' amazing'! hahaha

E agora vem o meu arrependimento: eu fui embora. Quando o show acabou, eu fui lá para fora e fiquei rondando o local do show na espera de vê-los, conversei com vários seguranças, mas foi em vão... E quando eu cheguei na minha cidade, eu descobri que eles desceram para dar autógrafos e tirar fotos exatamente na grade da pista premium.

Foi impossível não ficar triste sabendo disso, mas essa tristeza foi mínima perto da felicidade pela realização de um dos meus maiores sonhos. Eu não peguei palheta, não peguei baqueta, não peguei setlist, não peguei garrafinha de água, não consegui autógrafos, não consegui fotos com eles, mas eu fui ao show. E eu não ligo se eu não consegui tudo isso, porque eu consegui ir ao show da minha banda favorita! Isso é o que mais importa. Eu os vi ali em cima daquele palco rindo, sorrindo, conversando e fazendo o que eles fazem de melhor: tocando e cantando. Só aumentando ainda mais minha admiração e meu amor.


 Dia 23 de janeiro de 2011 vai ficar marcado e assim que surgir mais uma oportunidade quero repetir a dose, porque já estou com saudades. ♥



terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Da felicidade inexplicável.


 
Dia 23 de janeiro de 2011, o dia em que o sonho vai se tornar realidade. ♥

Restinho.

O tempo passou, tudo aquilo já se foi e novos ciclos começaram. Mas apesar do fim, apesar de ter esquecido, parece que sempre vai existir um restinho de sentimento. Um resto mínimo que não atrapalha o meu presente e nem me machuca quando me lembro do passado. Um resto que só sussurra às vezes em meu ouvido: “Olha, Paula, você já viveu tudo isso. Lembra?” e aí eu sorrio para mim mesma e vejo o que passou em flashes.

Tenho absoluta certeza de que tudo passa, mas sabe do que mais? Tenho certeza absoluta de que aquele restinho sempre ficará. Em mim e em você.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Faça um pedido.

Isso não é nenhuma corrente maluca e sem nexo que afirma que se você fizer um pedido, para ele se realizar você terá que mandar para 3 bilhões de pessoas e blá-blá-blá. Mas vamos juntos, ok? Feche os olhos e faça um pedido - mas deseje do fundo do seu coração. Fez? Eu já fiz o meu. Agora que já abriu seus olhos, olhe ao redor: ninguém sabe o que pedimos, ninguém sabe o tanto que queremos isso que pedimos… Só nós mesmos e o Cara-lá-de-cima. Nós paramos por alguns segundos para confessar nosso desejo mais profundo para Deus. Só quero te fazer enxergar que para a realização desse sonho, dessa aventura, desse desejo ou seja lá o que for, duas coisas serão necessárias: sua fé em Deus e a sua força de vontade. Não pense que os outros vão te ajudar com isso, porque eles não vão - eles estão ocupados demais com seus próprios desejos. Não fique de olhos fechados desejando que alguém te cutuque e diga: “Aqui está seu pedido, pode abrir os olhos”. A força necessária para lutar e conseguir vem de dentro de nós mesmos e não dos outros. Agora vai! Por favor! Arregace as mangas, mostre suas garras ao mundo e corra atrás do que você quer.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Confissão

Eu quero te contar uma coisa, mas não sei direito como começar. Eu estou meio confusa e um pouco nervosa. Olha as minhas mãos, quer dizer, pegue as minhas mãos. Tá sentindo? Elas estão geladas, eu sei. Eu sei também que eu estou um pouco descabelada, mas é que eu estava naquela festa que eu te disse que iria e talvez esse seja a razão para que a coragem chegasse e que eu batesse aqui na sua casa às quatro da manhã. Eu espero que você não tenha achado ruim. Claro que eu quero entrar, obrigada por me chamar. Você está com uma cara de sono. Acho que estou arrependida de ter vindo até aqui. Solta meu braço. Eu estou gargalhando porque sempre começo a rir quando estou nervosa. Tá bom, não irei embora mais. Seu sofá é confortável, senta aqui do meu lado. Isso. Posso pegar na sua mão? Obrigada. Eu quero te dizer que. Não me interrompe, por favor. Não, eu não estou com sede. Vamos para seu quarto, vai que sua mãe acorda, não é? Ok. Agora deita aqui ao meu lado na sua cama e me dá a mão de novo. Eu sei que eu estou parecendo alterada, mas eu estou bem, juro. Não acredito que até hoje você tem essas estrelinhas brilhantes no teto. Não, eu não estou falando mal, estou falando que é meigo. Eu só queria te falar que eu. Não estou chorando, é só um cisco. Se você me interromper de novo eu vou embora, está ouvindo? Eu só queria dizer que eu te amo. É, era isso. Eu sei que eu te falo isso todo dia. Eu sei que você também me fala todo dia. Mas dessa vez é diferente, você não vê? Vai, me deixa chorar. Eu aceito um abraço. Eu te amo de outro jeito, não entende? Não me olha assim. Eu sei que nós somos melhores amigos. Eu sei que você tem namorada. Não fala mais nada. Pronto, eu precisava fazer isso. É, foi um beijo. O que? Repete que eu não ouvi direito. Não acredito…

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Um silêncio lotado de palavras.

- Posso te perguntar uma coisa? O que você quer de mim?

(Acho melhor eu dizer primeiro o que eu não quero. Eu não quero te assustar e nem que você pense que eu morri de amor por você assim, logo de cara. Eu não quero que você vá embora quando o sol começar a nascer e me deixe aqui imaginando onde você está. Eu não quero que você me ligue bêbado para dizer que está com outra. Eu não quero ter que desligar o telefone na sua cara e eu não quero ter que ignorar quando este tocar novamente. Eu não quero acreditar que tudo o que nós temos não passa de “curtição”. Eu não quero que você me olhe desse jeito curioso como se você já soubesse o que eu estou pensando. Eu não quero que você diga para seus amigos que eu sou sua grande amiga e eu não quero que logo depois quando estivermos a sós você sussurre em meu ouvido “você é minha”. Eu não quero que você venha almoçar com minha mãe por obrigação. Eu não quero que você se aproveite do fato que você é o meu ponto fraco... Mas, o que eu quero… Ah. Eu quero que você me ligue as 3 da manhã só para dizer “estou com saudade”. Eu quero que você ignore tudo que irão pensar sobre nós. Eu quero que você diga que me quer toda vez que eu der um beijo ou um arranhão no seu pescoço. Eu quero que você continue sendo assim. Eu quero ir ao cinema, andar de mãos dadas, sorrir para as pessoas que estão sozinhas e que sentirão uma pontinha de inveja. Eu quero que você mantenha aquela promessa que você fez naquele lual: “eu não entendo e nem quero entender, mas eu vou ficar com você até quando você me quiser aqui”. Eu quero que você entenda que tem dias que eu estou estressada e não quero ver ninguém. Eu quero que você entenda que tem dias que eu digo que estou estressada e que não quero ver ninguém, mas tudo que eu quero é que você venha correndo me ver. Eu quero acordar cedo com sua mensagem ou acordar tarde com você do meu lado. Eu quero que você me queira. Eu quero querer você por um bom tempo.)

- Não sei ainda…

Castelo de areia.

Eles brigavam diariamente, mas não conseguiam ficar muito tempo sem o outro. Sempre que brigavam, juravam que iriam se afastar e que não se falariam mais… Nunca dava certo, obviamente. Eles iam atrás, se procuravam e se achavam. Ela suspirava aliviada e ele sorria vitorioso.

Até que chegou o momento em que ele a decepcionou. Depois de meses de brigas sem nexo que no fim arrancavam risadas, ele simplesmente a decepcionou. E aquele castelo que estava sendo construído na areia, foi levado por uma onda forte demais.

Só que eles se amavam, certo? Em teoria e em palavras, sim: eles se amavam. Apesar daquele sentimento de decepção, ela estava disposta a tentar reconstruir o castelo junto com o garoto que tinha a mágoa e o amor dela. O amor, aparentemente, infinito dela.

Aí eles combinaram e se deram as mãos. Começaram a mexer com a areia, começaram a lutar para que tudo voltasse ao normal. Mas sempre que eles tinham a ilusão de que estavam tendo algum progresso, as ondas incontroláveis derrubavam tudo e aquele pensamento que ela estava tentando afastar de sua mente, não sumia de jeito nenhum. Ela voltava, então, a sentir seu coração lotado de mágoa e ele nem imaginava que o estrago tinha sido tão grande. E voltavam para a estaca zero, jurando tentar novamente.

A situação havia se invertido então: antes, eles se esforçavam para se afastar, mas percebiam que era inútil. Naquele momento, eles estavam se esforçando para se reaproximar, mas estavam percebendo que era inútil.

Era um castelo de areia. E lá vai uma verdade sobre castelos de areia: quando destruídos, impossíveis de serem reerguidos. Infelizmente.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

sábado, 8 de janeiro de 2011

Você.


Desde o início era você. Eu negava e fingia que era aquele outro. Mas era você. Só você. Você com sua mania de fazer caretas sempre que eu te olho sorrindo, só para me fazer sorrir mais ainda. Você que tem a voz doce e calma que é contraditória ao seu corpo musculoso e definido. Você que está do outro lado, mas que ainda sim está ao meu lado. Você que faz meu coração apertar, meu coração disparar e meu coração parar por milésimos de segundos. Você, só você. Sempre foi você.

E eu tive mais certeza ainda que era você quando, na virada do ano, nós passamos muito tempo conversando ao telefone. E eu queria te dizer que queria muito te dar um abraço, mas não disse. E eu queria te dizer o tanto que você era importante, mas não disse. Conversei normalmente e apenas deixei as lágrimas caírem quando desligamos aquele aparelho eletrônico que é uma das únicas formas de te aproximar.

Um dia desses eu parei para fazer uma contagem do tempo, para relembrar algumas coisas e uma onda de choque me atingiu quando eu me lembrei há quanto tempo você está em minha vida. E mesmo que eu não admita: é também há quanto tempo eu sou apaixonada por você. Eu sou apaixonada por você desde a primeira vez que conversamos e você não faz nem ideia. 

Eu comecei a pensar sobre o fato de ocultar tanto sentimento de você e coloquei na minha frente os prós e os contras. Eu não te conto, mas todos que sabem do meu sentimento insistem que você deve saber. E se você souber, vai acontecer o quê? Porque você está aí do outro lado da tela, do outro lado da linha, do outro lado do país e eu sou só a sua grande amiga que você nem sente tanta falta assim. Ou será que eu sou mais do que isso? Será que eu já fui mais do que isso e agora não sou mais? Porque você me confunde, você age de maneiras diferentes de acordo com as fases da lua e eu sei que esse é só o seu jeito. Mas pra mim, isso é muito mais. Isso é o motivo para meu dia ser lindo ou para o meu dia escurecer assim ó, num estalar de dedos. 

Você não tem culpa porque você não sabe, você nem sabe que está lidando com uma apaixonada-dramática-sonhadora. Você acha que está lidando com uma amiga que se ofende de vez em quando porque você está muito ausente, mas a verdade é que você está lidando com um coração. Um coração que é inteirinho seu. Será que eu tenho que te fazer enxergar? Será que eu tenho que te fazer ouvir esse tum-tum acelerado do meu peito? Ou será que eu tenho que dar mil passos para trás, rebobinar totalmente a fita e começar de novo essa nossa história? De um jeito que eu não tenha sentimentos além de um belo carinho de amiga por você...

Não sei o que fazer, só sei que eu tenho medo e eu não quero trocar o certo pelo duvidoso. Eu não quero correr o risco de perder sua amizade. O fato de saber que você está na minha vida é reconfortante e já me deixa feliz. Entende? Espero que sim. Quer dizer, você não entende nada... Você nem sabe que esse texto está sendo escrito. E se por acaso você souber que esse texto está sendo escrito, você nem vai sonhar que esse "você" é você mesmo.