segunda-feira, 25 de abril de 2011

Para os seus sonhos.

Amados sonhos,

Vocês são tantos que nem compensaria descrever cada um aqui nessa carta, não vou expô-los ao mundo, podem ficar tranquilos. Vocês constituem quase cem por cento do meu ser e isso é inegável. Sempre que possível, eu estou olhando para o horizonte, para o teto do meu quarto ou para qualquer outro ponto fixo, só pensando na minha tão sonhada realização de pelo menos metade de vocês. Sonhos, sonhos...

Muitas pessoas julgam desnecessário essa necessidade que eu tenho de sonhar, juram que eu tenho que olhar com olhos mais realistas para o mundo e parar de acreditar em algumas coisas chamadas de utópicas para eles. Bom, eu olho com olhos realistas para o mundo, mas de que adiantaria eu sofrer tanto por uma realidade sofrida que me cerca? Não adiantaria nada  e por isso vocês, meus amados, existem. Quando eu estou desiludida, eu começo a sonhar e o sofrimento se transforma em esperança. É disso que vocês são feitos: de esperança. 

Eu sei também que não posso me sustentar apenas em vocês, entrar em um mundo onde seremos só nós e me esquecer do mundo real, eu sei que não. Mas eu acredito numa coisa chamada força e em outra chamada fé, que além da esperança é aquilo que os acompanham dentro de mim. Se eu sonho é porque eu tenho em mente que eu tenho capacidade e força o suficiente para ir atrás e tentar realizar. Não vou ficar parada esperando que vocês venham até mim: vocês são um pouco teimosos, eu sei.

Vocês tornam o final do meu dia - aquele momento em que eu deito a cabeça no travesseiro - bem menos pesado, bem menos cansativo porque vocês inundam meus pensamentos com atitudes que eu posso tomar para chegar até vocês. É um ciclo infinito. Eu acredito em vocês e em mim, acredito que se eu pegar na mão da coragem, abraçar a força, seguir a fé e tudo mais, eu acredito que em breve, estaremos juntos rindo dessas pessoas que não conseguem lutar por um sonho.

Eu sou capaz e em breve, eu espero que vocês deixem de ser sonhos e se tornem realidade!

Com amor,
Paula

ps: eu sei que, infelizmente, alguns de vocês vão morrer e alguns de vocês vão sumir de vista e isso vai me desanimar um pouco... mas nunca me desanimará totalmente, podem ficar tranquilos.

Lá se foi a quinta carta das 30 que eu publicarei.

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