quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Último Romance.

Fala que eu vou concordar, pede que eu cedo, me entrega os papéis que eu assino, eu selo qualquer trato se você me pedir com jeito, eu faço promessa do dedinho, eu sussurro qualquer bobagem no seu ouvido e até faço qualquer pacto maluco que você queira. Faço o que preciso for para que você acredite em mim. Acredita que eu sou feliz como jamais fui, acredita que eu não vou a lugar algum — não sem você. Ficou decretado desde o primeiro momento que era em você que eu iria morar, com toda a tralha e todas as complicações durante a mudança, com todo o entulho das casas passadas e todas as lágrimas acumuladas no canto do olho, você abriu suas as portas e me aceitou assim. Da mesma forma que eu abri as portas, as janelas, retirei os móveis e deixei você se alojar da forma que bem entendesse dentro de mim. Fique à vontade, amor. A casa é sua e eu também. Deixa eu afundar o rosto no seu pescoço quando eu ficar em silêncio demais, deixa eu afundar minhas unhas na sua nuca, deixa eu te abraçar como se tivesse acontecendo qualquer catástrofe ao nosso redor, deixa eu te beijar sem pretensão de parar, deixa eu te mostrar que nossos medos não são nada perto de nós, deixa eu segurar sua mão com essa força absurda, deixa eu fazer desenhos imaginários com meus dedos nas suas costas, deixa eu te escrever aquelas cartas e vem. Vem me ajudar a tornar realidade qualquer plano que nós fizemos, qualquer ideia louca. Como é que se diz naquela música? "Ter fé e ver coragem no amor", pois então... Eu tenho fé em nós e te garanto, somos muito corajosos.





E ninguém dirá que é tarde demais
Que é tão diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe

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