quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Sobre as decisões de cada um.


Eu não tenho poder sobre a vida de ninguém e ninguém tem poder sobre a minha vida. Cada um pode tomar as decisões que quiser por livre arbítrio. Se coisas que eu nunca faria, fazem outras pessoas felizes, que elas sejam felizes então. Eu não vou brigar e nem julgar mais nada... Todos sabem minha opinião, mas igual eu disse no inicio: cada um pode tomar as decisões que quiser.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Cazuza.


"O teu amor é uma mentira...
que a minha vaidade quer.
E o meu, poesia de cego
Você não pode ver.

(...)

O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acabar a gente pensa
Que ele nunca existiu."

sábado, 12 de dezembro de 2009

Ao ano que está se encerrando.


Querido 2009,
Não queria começar sendo uma chata, mas 2009, você não foi tão querido assim.

Em todas as festas da Virada, eu passo alegre na casa da minha avó com toda a minha família, mas a virada de 2008/2009 não foi tão boa. Logo após a queima de fogos e toda aquela alegria a festa continuou, mas um pouco antes de ir embora da casa da minha avó, eu me derramei em lágrimas e não eram lágrimas de alegria, eram lágrimas de tristeza pela saudade que eu estava de alguém que dissera que nunca mais nos falaríamos e já faziam quase duas semanas que aquilo acontecera. Eu estava sofrendo horrores e você, 2009, só para me sacanear... Fez com que aquelas lágrimas pesassem em todos os dias desse ano.

Eu ri das futilidades do dia a dia, eu tive um dos dias mais felizes da minha vida, eu saí pra caramba, minha família e meus amigos continuaram bem, eu gargalhei, eu estudei, eu conheci pessoas incríveis, eu tive uma vida normal.. Taí o problema, a rotina me perseguiu, o ano foi monótono e sem nada de surpreendente. Eu acordei todos os dias sabendo exatamente o que eu faria daquele momento até as 23 horas e 59 segundos. Era estressante e sufocante, ao contrário dos outros anos que não fizeram isso comigo.

É por isso que agora, nesse instante, eu estou olhando sorridente para um calendário. Porque a festa da virada está chegando e sabe o que eu vou fazer? Eu vou começar 2010 sorrindo loucamente.

É isso aí! Que venha 2010, será o melhor ano da minha vida - até aqui - e te superará de uma maneira absurda.

Pronto.

Positive Vibrations.

Adeus, 2009

Com carinho,

Paula.

ps: eu não te odiei por inteiro, você me fez feliz sim e mais ainda, eu continuei viva, não é? apesar da monotonia... tenho um certo carinho por ti.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Chico Buarque.

"...Olhos nos olhos
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando
Me pego cantando, sem mais, nem por quê
Tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos
Quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz"

Maria Rita.


"...Pagar pra ver o invisível
E depois enxergar
Que é uma pena
Mas você não vale a pena
Não vale uma fisgada dessa dor
Não cabe como rima de um poema
De tão pequeno
Mas vai e vem e envenena
E me condena ao rancor
De repente, cai o nível
E eu me sinto uma imbecil
Repetindo, repetindo, repetindo
Como num disco riscado
O velho texto batido
Dos amantes mal-amados
Dos amores mal-vividos
E o terror de ser deixada
Cutucando, relembrando, reabrindo
A mesma velha ferida
E é pra não ter recaída
Que não me deixo esquecer
Que é uma pena
Mas você não vale a pena"


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Verdade.


"Que te dizer? Que te amo, que te esperarei um dia numa rodoviária, num aeroporto, que te acredito, que consegues mexer dentro-dentro de mim? É tão pouco. Não te preocupa. O que acontece é sempre natural - se a gente tiver que se encontrar, aqui ou na China, a gente se encontra. Penso em você principalmente como a minha possibilidade de paz - a única que pintou até agora nesta minha vida de retinas fatigadas. E te espero. E te curto todos os dias. E te gosto. Muito."

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Você voltou, revirou tudo.


Quando eu menos esperava, você me procurou. Você chegou e me disse 'Oi', esperando que eu ajoelhasse em seus pés e te dissesse o tanto que eu senti sua falta. Eu não fiz isso, por mais que meu impulso pedisse para que eu fizesse. Eu comecei te explicar o estrago que você fez nos últimos meses, eu fiz questão de jogar tudo na sua cara, principalmente a parte em que você me ignorou quando eu estava péssima de tanta saudade. E sabe o que você fez? Você fez questão de dizer que eu podia te ignorar se eu quisesse e que você também estava péssimo, logo... Você entenderia. Eu não tenho dúvidas que você fez isso para jogar com a minha capacidade de te perdoar, de te aceitar, de te receber, de te amar. Quando você disse que eu podia te ignorar, eu quis rir... Eu quis rir porque você sabe, melhor do que ninguém, que você é o meu ponto fraco, que eu não consigo te ignorar, que eu não consigo te mandar pra outro lugar que não seja meu peito.

O problema, o maior problema, meu bem... É que eu estava acostumada. Eu estava acostumada a acordar e a ter a certeza de que você não apareceria e por medo de ser ferida novamente, eu não te procurava. Eu acordava sabendo que a minha saudade já estava esmagada no mais fundo do meu peito e já estava quase morrendo de tão sufocada. Eu, juro, que estava aprendendo a viver sem você; coisa que se me perguntassem ano passado, eu diria que era impossível. Eu, viver sem ELE? Haha, outra piada, por favor. Viu como as coisas mudaram em tantos meses?

Mas aí, de repente, do nada, subitamente, você apareceu. Você voltou. Sabe quando não sabemos qual reação ter? Eu não sabia o que estava sentindo. Uma agonia gigante tomou conta de mim, eu queria chorar, mas queria distribuir sorrisos por aí. Eu queria chorar, porque eu sabia que não teria forças para te mandar embora. Eu queria distribuir sorrisos, porque eu sabia que a saudade havia ressuscitado e eu me lembrei, em questão de segundos, de tudo que nós já passamos.

A questão maior é que você tem seus mistérios. Nós já conversamos duas vezes desde que você voltou. Mas você tem seus mistérios, você é inconstante e você aparece quando quer. Eu já me acostumei com suas idas e vindas, já me acostumei mesmo. Mas, eu quero essa vida pra mim? Eu quero acordar com dúvidas se você aparecerá ou não? Era mais fácil lidar com a certeza de que você não viria.

E agora milhares de pensamentos rodam minha mente. Eu só queria saber se vale a pena te apagar da minha vida novamente ou se vale a pena ter de tempos em tempos uma dose de felicidade contigo.

domingo, 25 de outubro de 2009

Pega minha armadura, inimigo.


"Taí. Tá bom. O amor venceu. Você venceu. Venceu. Venceu. Venceu. E eu acabo de descobrir, simples assim, a única maneira de me livrar desse sentimento: aceitando ele, parando de querer ganhar dele. Te amo mesmo, talvez pra sempre. Mas nem por isso eu deixo de ser feliz ou viver minha vida. Foda-se esse amor. E foda-se você." (Tati Bernardi)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

S é de Sis.


Estava nos meus planos fazer tal homenagem há muito tempo, tanto que eu já havia comentado com você isso. Você deve estar pensando que não tem homenagem nenhuma e coisa e tal, mas agora que chegou seu aniversário, eu decidi fazer. Desculpa por não ter feito ontem que foi o dia certo e desculpa também por não ter comprado seu presente. Mas esse presente vai chegar igual a homenagem está chegando.

Eu sempre fico procurando as palavras certas na hora de falar sobre a nossa amizade que já não é apenas uma amizade para mim. Eu acho que em certo ponto de uma relação de tanta confiança, a ligação já se torna tão grande que chamar de amizade é muito pouco. Por isso eu digo que você é minha irmã. Não é de sangue, mas é de coração e de todo o resto.

Tudo começou há muitos anos. Quer dizer, na quinta série você seguiu o J. comigo naquela exposição de arte que teve na escola e você era minha colega de vôlei, mas nós não éramos amigas. Sétima série. Eu nunca vou me esquecer que foi um abraço em um sábado qualquer no shopping que mudou o meu conceito e mudou nossa relação que passou de colegas para amigas de verdade. A confiança fluiu naturalmente como se tivéssemos crescido juntas e aquilo foi o bastante pra que eu tivesse a certeza que você seria um dos melhores presentes que eu ganharia na vida. Vamos esquecer o tempo que ficamos afastada.

O que importa é agora. Seu aniversário de 17 anos, você já é quase uma adulta, hein? Nesse dia que sua família comemora a alegria de há 17 anos ter um anjo entre eles, eu tenho que ser sincera e dizer que no seu aniversário, eu me sinto presenteada por poder comemorá-lo com você e isso é sério.

Eu quero te desejar toda a felicidade do mundo, porque eu sei o quanto você merece. E não digo apenas aquela felicidade de estar sempre sorrindo, mas a felicidade que você conquiste ao superar as dificuldades. Desejo que seus amigos sejam sempre os melhores e que eu possa fazer bem meu papel de amiga. Desejo todo o sucesso do mundo e toda a força do mundo. Desejo tudo, de verdade. E principalmente, que você conquiste todos os seus sonhos.
Saiba que você tem uma irmã aqui por você, uma irmã que é capaz de tudo pra te ver feliz.
Feliz aniversário, Sis. 17 anos não é pouca coisa não. IDOSA hahahah.
Eu amo você demais.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Diga.


? diz (19:11):
ele sempre gostou de você. posso te garantir isso
? diz (19:11):
e nunca quis o seu mal, cara.
? diz (19:11):
eu nunca ouvi ele falar de ninguém igual falava de você ):


E aí parece que pegaram meu coração e apertaram "Replay" em todas as sensações que eu sempre penso que esqueci. Lágrimas, vazio, sorrisos, saudade.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Uma vez e nada mais.


"I will never see you again, but you were a good minute. 
Take it easy out there, you're history now."

Eu me apaixono fácil, mas não tão fácil assim. Cada situação é uma situação. Mas tem algo que acontece com frequência: eu me encanto por desconhecidos. Não digo que eu os acho bonitos, eu me encanto realmente e penso que eu tenho que conhecer aquele garoto.

Na rua, no shopping, na festa, no bar, no cabelereiro. Não importa onde. Eu preciso apenas de um olhar pra pensar milhares de coisas. Como ele chama? Será que ele é legal? Será que ele é interessante? Encantador? Educado? Cavalheiro? Será que ele tem namorada?

Eu me pego fazendo perguntas que uma criança de 8 anos se faz ao se apaixonar platonicamente por um famoso. Mas eu não me apaixono. É algo que não dá pra explicar.

O curioso dessa situação, é que no segundo seguinte que eu viro a esquina, quando eu vou embora do shopping, quando a festa acabou, quando eu vou embora do bar ou quando eu já acabei o que tinha para fazer no cabelereiro... Eu não tenho mais curiosidade alguma sobre ele. Eu só tenho uma vontade gigante de correr para as minhas amigas e contar o que eu havia visto.

Loucura ou seja lá o que for. Eu gosto de olhar para alguém e pensar que ele pode ser a melhor pessoa do mundo, por alguns segundos que seja. Não me importa se ele não era a melhor pessoa do mundo, porque eu não o conheci para ver os defeitos. Eu criei milhares de qualidades na minha mente e segundos depois, ele já era uma memória distante.

Foi assim naquela festa que eu fui sábado. Foi assim naquele cabelereiro que eu fui sábado. Foi assim naquela vez que eu fui andar na rua. Foi assim quando eu estava indo para a escola. Foi assim e continuará sendo. Eu espero, porque é entediante se contentar apenas com as pessoas imperfeitas do meu dia-a-dia. Eu gosto de criar personagens perfeitos baseados naquelas pessoas que passam por mim. Só.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Quer saber?


Recaída. Quem nunca teve, certo? Todas as gordinhas que entraram em regime já comeram um chocolate escondido. Todos os alcoolatras em recuperação já beberam uma dose de vodka escondidos. Todos os futuros ex-fumantes em recuperação já fumaram um cigarro escondidos. Todos que já perderam amores e estavam se recuperando, já choraram escondidos.

Foi isso o que aconteceu. Eu, acordei hoje com a certeza de que tudo realmente acabou. Já tinha acabado há quase 4 meses, mas eu achei tudo que você me disse e senti saudades. Fácil. Eu fui cutucar na ferida, eu cutuquei o mais fundo que eu pude porque eu sempre acreditei que o que tinhamos era maior que o mundo. Eu acreditava de olhos fechados, mas quando eu decidi sumir há alguns meses, eu sabia que estava tudo se acabando. Eu sabia que eu estava saindo correndo para longe e que nem se eu quisesse te alcançaria novamente, porque você estava correndo para a direção contrária.

O sentimento ainda existe? Sim, senão não teria ocorrido tal recaída. O amor ainda dilacera e parece que estão torcendo meu estômago quando eu penso em vocês? Às vezes, nesses momentos de saudades. Meus olhos ficam esbugalhados e cheios de lágrimas? Muitas vezes. Mas calma... Isso é só uma recaída.

Eu posso te amar, mas eu segui em frente. Eu conheci alguém que se tornou especial e tampou o buraco que você causou, eu conheci alguém que não se esconde atrás de milhares de máscaras e eu tenho um carinho gigante por esse alguém. Eu tenho meus amigos, eles também não se escondem atrás de milhares de mascaras. Eu te amo, mas eu já aprendi a ignorar esse amor... Daqui uns dias, eu vou saber ignorar tão bem que esse sentimento não vai existir mais. Enquanto isso, eu fico aqui... Vivendo, te amando, te esquecendo, caindo ao lembrar de você e repetindo pela milésima vez: Vai a merda, por favor.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Olha só quem está me ignorando.


Eu te procurei e para a minha surpresa, você não me respondeu. Foi a primeira vez em quase dois anos que eu te procurei e você não quis saber de mim.

Eu sempre pensei que toda aquela história de 'sensação de impotência' era algo que as escritoras inventavam para escreverem texto que causasse mais emoção aos leitores, mas olha só... Olha como eu fiquei. Eu estou com um pouco de falta de ar e tô sentindo uma pontada na boca do estômago, estou com os olhos lacrimejando e estou com os lábios vermelhos de tanto mordê-los, tentando fazer com que essa dor interna passe. Isso não é para causar mais emoção para quem lê. É a pior sensação do mundo. A sensação de impotência. A sensação de que eu realmente perdi tudo que eu não queria perder nunca.

Eu estou fraca. Eu sou fraca.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sinto sua falta, idiota.


Eu acordei sentindo um buraco no peito. Fui para a aula e aquele buraco coçava e incomodava. Eu tentei de todas as maneiras tampá-lo enquanto morria de rir nas horas impróprias das aula, eu tentei de todas as meneiras amenizar essa sensação de vazio com uma gargalhada ali e outra aqui. Eu tentei tampar o buraco.

Eu cheguei em casa e o buraco aumentou. Almocei, sentei na frente do computador e fiquei lendo coisas que você me disse. Eu havia entendido finalmente o que era aquele buraco. Saudade. Balancei minha cabeça e repeti 100 vezes que eu não tinha mais razão para sentir sua falta.

Levantei do computador e fui estudar. Estudar sempre ocupou minha cabeça. Não adiantou muita coisa, meus pensamentos saiam dos livros e iam para o ano passado onde tudo era bom, tudo era ótimo.

Eu sinto sua falta, será que você não percebe? É, você não percebe porque você não me vê mais e nem sabe nada da minha vida. Você não sabe se eu estou namorando, se eu casei, se eu estou grávida, se eu estou trabalhando. Você não sabe nada e eu não sei nada também. Eu não sei se você está feliz e muito menos se você continua com aquele jeito só seu.

Eu sinto sua falta, idiota. Você pode ter mentido para mim, pode ter me enganado e eu nunca descobrirei. Mas eu sinto sua falta. Eu não devia, todos vão me julgar por isso, todos vão me chamar de fraca, mas e-u s-i-n-t-o a s-u-a f-a-l-t-a.

Eu agora estou aqui. Agarrada naquele tamanduá narigudo e ridículo que era 'nosso' e sentindo as lágrimas que a muito tempo eu não derramava por você. Agora eu acabei de te mandar um recado e eu não espero que você responda. Eu só quero tampar esse buraco com uma esperança de ver você me respondendo ou pelo menos com a noção de que eu tentei.

Você me prometeu que nunca desistiria, você me prometeu tanta coisa. Será que seria forçado demais se eu esfragasse na sua cara todas essas promessas? Seria forçado se eu mostrasse que você me disse que a gente sempre se acha quando o outro some? Por que a gente ainda não se achou? Por que está demorando tanto? Por quê? Seria forçado demais se eu mostrasse que você disse que lembraria de mim todos os dias se eu sumisse? Você lembra de mim todos os dias? Seria forçado demais se eu te mostrasse que você disse que ficaria com raiva de você mesmo se não fosse atrás de mim e ficaria pensando a todo segundo como tudo poderia ter sido? Você faz isso? Você tem raiva de você?

Por favor, entenda... Esse meu amor por você já é tão grande que na mesma intensidade que eu te amo, eu te odeio. Eu te odeio porque eu vejo tantas promessas quebradas. Eu te odeio porque você é orgulhoso. Eu te odeio. Mas eu sinto sua falta, idiota.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Passado, passado.

Eu gosto de agarrar as minhas lembranças e trazê-las o mais próximo de mim possível. Eu gosto de ficar vendo fotos antigas nas quais eu estava toda feliz dando um beijo naquele garoto que eu achava que iria amar para sempre. Eu gosto de ficar vendo fotos antigas nas quais eu estava toda feliz abraçando aquela amiga que eu achei que seria para sempre. Eu gosto de ficar vendo fotos antigas nas quais eu estava toda feliz achando que seria uma criança pra sempre. Para sempre. Mesmo que todas essas situações tenham passado, mesmo que elas estejam — cada dia mais — se tornando apenas uma imagem desfocada e que eu já não me lembre exatamente dos fatos e troque datas e acontecimentos, mesmo que o tempo passe e mesmo que todos aqueles sentimentos também passem... Eu me agarro à todas as minhas lembranças como fotos ou músicas e sinto tudo aquilo de novo. Eu não sinto vergonha de dizer que meu carinho por aquele menino que eu achava que iria amar para sempre é enorme, é um carinho gigantesco e eu me sinto feliz por ter vivido tudo aquilo, mesmo que na época eu tenha achado que iria morrer sem ele. Eu gosto de ver todas as amigas e amigos que eu tive no passado, mesmo que o tempo tenha escolhido que nos afastássemos. Meu passado fez o que eu sou. Memórias não somem assim.

Eu sinto tanta nostalgia de vez em quando e olha que eu só tenho quinze anos. rs

domingo, 2 de agosto de 2009

O que te deixa intrigada?


Eu lembro que eu estava me achando uma completa idiota, eu estava me questionando se aquele cara por quem eu suspirava era de verdade mesmo. Eu já tinha visto você antes, por aí. Eu te achava bonito, mas meu coração era de outro cara. Então, nesse dia que eu estava me sentindo uma completa idiota, você simplesmente veio me perguntar o que estava me deixando intrigada. Exatamente assim: “O que te deixa intrigada?”. E mesmo sem nunca ter conversado com você, eu senti vontade de te abraçar, pena que eu não podia.

Quando a vida tinha me dado mais uma surpresa, quando eu tinha me livrado daquele garoto que eu achava falso, quando a vida tinha me dado mais alguns chutes na boca do estômago e quando eu já não via sentido em deixar de sofrer, você me pediu o número do meu celular. Eu não sei o que aconteceu, mas eu sorri tanto quando você pediu meu telefone, que eu me esqueci por cinco minutos de tudo de ruim que havia acontecido. Não demorou cinco minutos para eu receber um “oi” seu por mensagem. Meu celular vibrou e eu quis sorrir mais ainda, só que meu sorriso já era tão grande.

Você agora está presente mesmo quando não está presente. Você está presente quando eu estou sendo uma boba com as minhas piadas sem graça que você morre de rir e você fica me chamando de boba e tudo que eu mais quero é ser chamada de boba.

Eu reclamei pra você que as minhas manias de botar tudo no diminutivo são bregas e você com seu jeito todo cuidadoso, falou que gosta e ainda me chamou de “anjinho” só para que eu te dissesse: “ah, que bonitinho”.
Quando eu não consegui dormir, eu te mandei uma mensagem e você acordou só para perguntar se eu queria fazer alguma coisa. Eu senti tanta vergonha de você que resolvi continuar rolando pela cama sozinha, olhando a mensagem e agradecendo por você ter me perguntando o que me deixava intrigada naquele dia.

Eu não quero que você tenha medo de mim e muito menos que você saia correndo pra longe — mais longe do que onde você se encontra. Eu só quero, de verdade, que você continue fazendo seu papel. Eu não sei bem qual é seu papel, mas é algo grandioso. Você me fez deixar de lado todos os meus problemas que eu insistia em trazer comigo por tempos e tempos. Você me fez jogar meu passado de vez no lixo só para ouvir você dizer: “linda”. Você nem imagina o que aconteceu no último ano em que eu não te conhecia, você nem imagina mais ainda que você me salvou de toda aquelas mentiras que me rodeavam. Eu estou te conhecendo agora e por isso que eu te peço: não morra de medo de mim. Não vai pra longe. Eu só quero te dizer que você modificou meus dias cinzentos e trouxe tanto sol.

Por mais que eu insista em lembrar com um pouco de dor no buraco que ainda está sendo tampado, por mais que eu insista em segurar aquele urso com a maior força do mundo e chorar tudo que eu não choro quando estou ocupada sorrindo, por mais que tudo isso aconteça às vezes, eu não sofro a todo segundo. E isso já é um grande passo.

Por favor, entenda a revolução que você fez na minha vida. Eu não quero que você pense que eu estou morrendo de amores por você, porque eu não estou. Eu na verdade, não estou morrendo de amores por ninguém. É isso que mudou de duas semanas pra cá. Eu estou vivendo, por mim e por ninguém mais.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Para o amor perdido

Carta de Fernanda Young

"Fiquei triste. Num momento você estava aqui, no outro já não estava. Igual a bicho de estimação que morre de repente e somem com o corpo. Para onde foi tudo aquilo? Que tínhamos tão seguro. Tão certos de sua eternidade. Para onde foi, hein? Meu peito, depósito subitamente esvaziado, aperta-se no meio de tanto espaço.

Tento identificar o instante, quando o que tínhamos se perdeu. Mas nem sei se o perdemos juntos ou se juntos já não estávamos. Me desespera saber que um amor, um dia desses tão grande, possa ter desaparecido com tanta facilidade.

Como já disse, estou triste; e isso me faz acreditar no poder das cartas. Não falo de tarô, mas destas, escritas e mandadas ou não mandadas. Cheias de questões e metáforas, que assim, misturadas cuidadosamente, num cafona português polido, soam mais sensatas. Qual poder espero desta carta? Simples:que deixe registrado este meu estranho momento. Quando o que devia ser alívio revela-se angústia. E a cabeça não pára, vasculhando cantos vazios.

Não gosto de perder as minhas coisas, você sabe. E hoje, cercada pela sua ausência, procuro o que procurar. Experimentando o desânimo da busca desiludida. Pois, se um amor como aquele acaba dessa maneira, vale a pena encontrar um outro? Será inteligente apostar tanto de novo? Aposto que você está pouco se lixando para isso tudo. Que seguiu sua vida tranqüilamente, como se nada de tão importante tivesse ocorrido. E está até achando graça desta minha carta, julgando-a patética e ridícula. Você, redundante como sempre.

Só há uma coisa certa a respeito disso:não desejo uma resposta sua. É, esta é uma daquelas cartas que não são para ser respondidas. Apenas lidas, relidas, depois picadas em pedacinhos. Sendo esse o destino mais nobre para as emoções abandonadas. Queria apenas pedir um favor antes que você rasgue este resto do que tivemos.

Se algum dia, tendo bebido demais, sei lá, você acabar pensando tolices parecidas como estas, escreva também uma carta. Mesmo sem jamais saber o que você irá dizer, sei que ela fará de mim menos ridícula. Neste amor e, por isso, em todo o resto. Pois adoraria que você fosse capaz de tanto - escrever uma carta é um ato de desmedida coragem. E eu ficaria, enfim, feliz comigo, por tê-lo amado. Um homem assim, capaz de escrever bobagens amorosas.

Então é isso - como sou insuportavelmente romântica, meu Deus. Termino aqui essa história, de minha parte, contando que estas palavras façam jus ao fim do amor que senti. E deixando este testamento de dor, onde me reconheço fraca e irremediável. Porque ainda gostaria de poder acreditar que você nadaria de volta para mim."

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Desde quando você se foi.


Eu fico achando graça de mim mesma quando eu encontro um novo garoto em minha vida e eu fico observando cada detalhe em busca de um traço seu. Qualquer traço, qualquer semelhança.

Eu fico insistindo em querer achar a sua frieza-doce em outras pessoas, mesmo sabendo que essa característica é só sua. Eu nunca conheci mais ninguém que é frio e doce ao mesmo tempo, só você.

Eu fico insistindo em querer achar suas melhores qualidades. Procuro alguém que me faça sorrir como você me fez. Eu queria achar alguém que me dissesse Eu te amo de vez em quando, mas que quando não dissesse, eu saberia... Só pelo jeito de conversar comigo ou pelo jeito de me tratar. Eu queria achar alguém que ficasse conversando comigo uma madrugada toda, até o sol nascer. Eu queria achar alguém que refletisse sobre tudo comigo. Eu queria achar alguém que me fizesse acreditar em mim mesma tão exageradamente. Alguém que me desse força — mesmo de tão longe. Alguém que tivesse tudo o que você tem.

Mas esse alguém não existe.
Esse alguém é você. Só você.

Eu quero tanto acreditar.

Eu quero. Você quer? Você é? Você vem?

domingo, 21 de junho de 2009

Coração disparado.


É engraçada essa sensação que nós temos. Essa emoção de colocar a mão no peito e sentir como se estivesse toda uma bateria de uma escola de samba dentro de nós ou quem sabe, sentir as mãos geladas e trêmulas como se estivesse com alguma crise nervosa. É engraçada essa emoção que o amor nos dá. Eu achava que já não sentia isso mais, porém... Você vai embora e sempre que você volta as crises nervosas e as escolas de samba voltam. Eu gosto disso. Eu já perdi as contas de quantas vezes você arrancou o meu fôlego.

"And I can't think of anybody else who I hate to miss as much as I hate missing you."

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Covardia.


Medo. Covardia. Falta de coragem. Uma pessoa covarde se esquece das consequências de sua covardia. Quem é covarde se esquece das alegrias que escorrem entre os dedos como areia. Pessoas ao redor que esperam tanto dessas pessoas se ferem pela covardia das mesmas. Não é necessário ter medo de viver. Se você cair, você vai saber levantar. Se você chorar, vai ter alguém pra te ajudar. Desperdiçar tudo isso por medo é o cúmulo da crueldade — consigo mesmo e com os outros.

Orgulho.


Um sentimento que todos nós possuímos. Alguns deixam aflorar e outros deixam escondido. Alguns morrem de medo de ferir seu orgulho, dizendo que sentem falta, que amam. Alguns despedaçam seu orgulho em pedaços minusculos ao se humilharem por alguma pessoa, ao se deixarem levar por impulsos que não são tão bons para si mesmo. O orgulho é algo difícil de lidar. Pessoas orgulhosas então... Mais difícil ainda. Pessoas orgulhosas não sabem assumir que estão tristes, pessoas orgulhosas não sabem assumir que sofrem, que se machucam e que quase morrem por sentimentos difíceis, pessoas orgulhosas se esquecem que há um mundo lá fora esperando para ser visto. Pessoas orgulhosas se esquecem que sempre vai haver alguém por perto para ajudar, sem precisar de vergonha ou de medo de expor suas fraquezas e suas feridas. Feridas ardem, orgulho só faz com que essas feridas nunca se cicatrizem.

R.T.

Fazem 15 dias que eu te vi. 15 dias. Só depois de 15 dias que eu estou me arriscando a procurar palavras para expressar tudo que eu senti naquele dia e tudo que eu sinto por ti.

Eu tento demonstrar pra todo mundo que o que eu sinto vai além de uma simples atração física — sim, eu confesso que te acho lindo, mas isso não é tudo, na verdade, isso não é nem metade, isso é um detalhe. Seu estilo, seu gosto musical, seus problemas, seu modo de ver as coisas, sua molecagem, sua sabedoria, sua forma de tocar e de sentir o que está tocando, sua forma de cantar e principalmente a inspiração que você me dá, é ISSO que importa para mim.

Lembro muito bem de quando eu soube que a Fresno viria para Uberlândia; eu estava na internet e olhei o fotolog de vocês e estava lá. Foram meses de contagem regressiva, de raiva, de ansiedade e de sonhos. Não consigo contar nos dedos quantos sonhos eu tive com a chegada de vocês em Uberlândia. Até cheguei a sonhar que vocês me convidaram para entrar na van e eu fui apresentar a grande cidade que eu vido — oho. Eu delirava e imaginava que veria vocês, que abraçaria e sentiria o perfume de perto de cada um de vocês — principalmente o teu, claro.

Chegou o grande dia. Eu consegui. Depois de um dia inteiro andando pela cidade procurando você, eu finalmente consegui. Eu entrei no Hotel e fiquei esperando vocês na recepção, trancada com a mãe de uma amiga e com mais 4 amigas. Primeiro desceu o Bell, mas eu já tinha visto ele antes. Eu estava nervosa demais, eu tremia e estava com medo de morrer de chorar quando chegasse perto de você. O elevador subiu. Parou no terceiro andar. O elevador desceu. A porta se abriu. Você deu um passo desajeitado para fora do elevador e olhou para nossa direção. Eu fiquei puxando o ar por não sei quantos segundos. Até que eu disparei — não, não no sentido literal — em sua direção. Eu entrelacei meus braços em volta da sua cintura e eu queria ter parado o tempo ali. Eu queria ter ficado abraçada com você pra sempre e eu queria também ter tido a chance de conversar mais com você. Não queria ter uma conversa de fã para ídolo e sim de pessoa para pessoa. Isso que eu queria. Mas não importa. Depois de tirar fotos e de te soltar. Nós mostramos o cartaz. Você colocou uma mão no peito de um jeito tão... humilde que eu me derreti inteira. Quando você tirou foto com todas nós 5 e foi conversar com o Luringa, eu fiquei te observando. Eu sabia que ia parecer chata. Mas eu queria tirar o máximo de proveito. Depois que tirei foto com todos da banda, saí discretamente e fui até vocês. Dei um leve sorriso para o Luringa — nem me lembrei de pedir uma foto com ele, igual uma amiga disse: para mim era só você naquele momento, todo mundo sumiu ao redor. Eu estava tão hiperativa. Tão hiperativa que você deve ter pensado que eu tenho algum tipo de problema. Eu pedi para tirar uma foto te dando um beijo no rosto e você, todo simpático, disse que tiraria, mas você — SIM, você. — pediu para bater a foto, porque você já era experiente nisso. Eu entreguei a câmera paralisada para você. Não estava no local onde se bate a foto, você com um jeito todo tímido, abaixou a câmera e me pediu para te ajudar. "Como arruma isso?". Eu tive que ficar na ponta do pé para arrumar, coloquei e nós tiramos. A foto ficou tremida. Droga. Você falou para tirarmos outra porque tinha ficado tremida. Tiramos outra e ficou LINDA. Eu te perguntei se queria ficar com o cartaz e você deixou seus olhos tão brilhantes que eu me assustei. O seu "Claro que sim" foi o mais lindo. Eu te pedi desculpas por estar rasgado e você disse que nem tinha reparado. Você segurou o cartaz e olhou ao redor e se perguntou aonde colocaria. Eu fiquei te observando, tirando fotos com os olhos, sabe? Para lembrar de tudo como eu me lembro. Você apenas balançou os ombros e disse que guardaria na van para pegar depois. Eu me lembrei que queria fazer um vídeo seu me mandando um beijo. Comecei a rir de mim mesma ao lembrar. Você me olhou... Assustado? E eu disse que tinha tido uma ideia. Você apenas sorriu torto e perguntou qual era. Eu disse, ainda rindo, que queria que você fizesse um vídeo me mandando um beijo. Você disse que faria. A mãe da minha amiga chegou para tirar foto. Depois que ela tirou, você se virou para mim e disse: "Vamos fazer o vídeo?". Você fez questão de fazer o vídeo. Foi demais para mim. Depois de algum tempo, eu me despedi, você deu um tchau desajeitado enquanto já saia para fora da recepção e as meninas estéricas te esperavam do lado de fora. O Lucas assinou minha blusa e assim, vocês entraram na van. Você com o meu cartaz. Quando vocês entraram naquela van, eu simplesmente desabei, era tanto sentimento misturado, era inacreditável demais que você tinha sido tão gente boa, tão gentil... Exatamente como eu imaginava — na verdade, foi mais do que eu imaginava. Eu chorei. Chorei mesmo. Chorei muito. Pedi consolo ao meu pai, às minhas amigas e ao irmão da minha amiga.

Para completar. O show foi perfeito. Você me deu um sorriso em 'Duas Lágrimas' e eu perco as palavras para falar desse momento. Milonga também. Ah... Milonga. Minha música preferida, sua música preferida da Fresno. É. Quando eu digo que quero conversar com você, é exatamente sobre esses detalhes tão banais que parecem se encaixar tão bem.

Você me inspira, Tavares. Você é um Mestre para mim.

Eu sei tudo de você, sei suas bandas favoritas, seus vícios e suas vontades. Sei seus erros e mais ainda, seus acertos. Você nada sabe de mim. Você nem deve se lembrar da fã do Hotel de Uberlândia, mas eu lembro. Isso já é muito.

Você já foi fã. Cidadão Quem que o diga. Você já foi e é.

Uma palavra resumiria TUDO: Obrigada.

domingo, 14 de junho de 2009

O medo ganhou dessa vez.



Eu não consigo entender porque o medo está sempre à frente de todas as emoções e sentimentos. Eu não consigo. A impressão que eu tenho é a de que ele teve medo de ser feliz. Não consigo achar outra explicação mais convincente que essa.

Em um dia ele era aquele menino eufórico, que conseguiu fazer com que eu me sentisse a menina mais linda do mundo, e no outro ele era frio, como se eu não fosse nada daquilo que ele havia me dito, e parece que aquilo era uma maneira de se proteger de tudo que nem sequer chegou a acontecer. Eu paro para pensar todos os segundos e fico completamente assustada com a personalidade que ele tem, é complexa demais. Eu só queria que ele soubesse o quanto que ele é incrível. Eu cheguei à conclusão que ele tem medo de se entregar, de se expor e de se arriscar a viver algo. Ele prefere o controle de uma situação fácil de lidar do que uma experiência onde ele vá perder o controle de toda a situação. Ele prefere o conformismo do “certo” (mesmo que o certo não seja o que ele queira.) do que a possibilidade do duvidoso (mesmo que o duvidoso seja o que ele queira, e por ele querer, é o certo, mas ele não vê isso.)

Ele tem medo do amor, isso é outra coisa que eu cheguei à conclusão, e se ele tem medo do amor é porque ele tem medo de ser vulnerável, parecer romântico demais, perder o jogo para o coração e esquecer onde fica a razão. E por isso ele prefere não confiar, não arriscar e não tentar. E os possíveis momentos de felicidade que nós poderíamos ter vivido escorrem entre os dedos, como água. É horrível a sensação de olhar algo e pensar que está sendo desperdiçado, e é assim que eu me sinto quando penso nele: que tem alguém atrás daquela máscara que está sumindo e sendo trocado pelo alguém que está por cima da máscara. Mas tem tantos momentos em que ele me dá aquela chance de espiar atrás da máscara e logo depois a coloca de novo, só para eu pensar que aquilo não existiu ou que era apenas coisa da minha cabeça. Pena que ele não consegue, eu me lembro de tudo o que ele disse e tenho certeza que eu não imaginei as coisas diferentes e ele realmente disse as coisas do jeito que as tenho em mente.

Diante de tudo isso que nós passamos todos os dias, todas as mudanças de humor dele, diante de tudo isso, eu tenho vontade apenas da sinceridade dele, dele me dizer o que ele sente por mim de verdade, sem nenhum medo. Eu queria que ele dissesse a verdade, sem falar o que eu gostaria de ouvir e sim o que ele gostaria de dizer. Eu gostaria de entender por que ele me fez acreditar em algo que ele não acreditava que pudesse dar certo. Não falo isso com raiva ou vontade de brigar com ele, mas eu gostaria que ele respeitasse o que eu sempre dizia quando “a nossa relação” começou: não brincar com meus sentimentos. Ele não entendeu que não precisava mentir pra mim ou agir de má-fé.

Se eu escrevo isso, é porque eu nunca me conformei em ter te perdido (antes mesmo de ter te tido). Só que eu não sou capaz de fazer o seu papel nessa história, cabe a você entender o que você sente, eu não consigo amar e pensar por nós dois, me desculpe. E eu acho graça de como você foi capaz de fazer com que eu me apaixonasse por você e ainda por cima admitir isso para você para logo depois você sair do jogo. Era como se eu e você estivéssemos em um porto, você gritava de dentro do barco “entra, entra, amor!” e quando eu resolvi entrar, nós fomos remando até não muito longe dali, e quando eu olhei para o lado você não estava mais no barco, você havia pulado e me deixado sozinha com um gravador com a sua voz, me fazendo pensar que você ainda estava comigo e agora eu já não poderia remar de volta porque aquele barco só poderia ser remado a dois. Eu nunca vou modificar nada do que eu te disse e nada que eu te disse foi mentira. Eu ainda te amo, e não sei até quando isso vai durar, não sei se você vai perceber o que acontece dentro de você mesmo, não sei se você vai tirar essa máscara.

Mas eu ainda te amo, apesar de tudo, e por mais que isso machuque é exatamente como se canta naquela música da Legião Urbana: “és parte ainda do que me faz forte, e pra ser honesto só um pouquinho infeliz.”

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Libertar.


"Quando você se libertar, aonde gostaria de ir? Quem iria procurar? O que ia te fazer sorrir? Se errado fosse estar, seria errado descobrir o que você irá deixar pra quem nunca te deixou partir. Se há razão para chegar, se ainda há tempo pra esquecer, se eu não posso te levar, aonde você for eu seguirei você. Pra onde você for voar, eu vou na mesma direção. Estou aonde você está, vivo pra não morrer em vão. E quando menos esperar terá um novo caminho e não vai ter motivos pra ficar perdida em tanta ilusão. Se está onde você quer estar, dentro de um sonho ou sozinha em qualquer lugar.

Aonde você for, eu seguirei você."


Essa música é linda. Linda.
Minha inspiração anda baixa.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Caramba.


"E, sério, todo mundo perdoa a vida sem reclamar. (tá, sempre tem as pessoas recalcadas, mas elas recebem esse adjetivo não por acaso). O problema, criaturas terrenas, são as pessoas. Elas existem. Estão aí ao nosso redor o tempo todo (talvez até principalmente quando a gente não quer que elas estejam). E nós temos que conviver com elas. E amá-las. Porque é bonito viver assim. E é mesmo. Só que, voltando a ela, o verbo esperar está aí. Pomposa como ela só. E a gente espera. Mais além: a gente espera pra caralho. E elas (quase) nunca correspondem a nossa expectativa (aliás, a etimologia do verbo esperar está ligada à palavra expectativa, ainda no latim isso). Por quê? Não é possível que Deus seja malcriado o suficiente para debochar da sua cara assim. É claro que Ele não é. (ou ele é e a gente não sabe lidar com isso, mas não vem ao caso). A questão é que O PIOR DE TODAS AS COISAS RUINS DO MUNDO é que a culpa é completamente sua. Você espera. A coisa não vem. A culpa é da coisa? Ah vai. Você nem gritou por ela. Esperou por esperar. Por achar que tinha combinado sem dizer uma palavra. (olha, esse tipo de contrato não vale judicialmente). E outra, francamente, a coisa pode nem existir. Você nem se certificou de que ela existia mesmo antes de esperá-la. Resolveu esperar porque seria lindo, ótimo, perfeito se ela existisse. Concordo. concordamos (eu e a coisa). Mas, se ela não existe, não adianta nem gritar. O que não existe, não faz ninguém parar de esperar. Entende? Não saia por aí culpando os outros porque eles não corresponderam às suas expectativas. As expectativas são suas. E, se em nenhum momento o outro prometeu corresponder, a culpa é toda sua. E, infelizmente, vocês vão ter que resolver isso sozinhos."

Acho que esse texto falou tudo.
tudo. TUDO.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Oh, beautiful.


? diz:
você é sempre tão... tão paula que eu acho que posso explodir quando você começa a falar que sente a minha falta. pq é como se alguém estivesse com as mãos no meu pescoço me impedindo de respirar.

Não me canso de ler tudo que você me mandou.

Um dia nós vamos rir de tudo isso.
Juntos ou separados. Não importa.
O que importa é que vai ser engraçado.

Toda essa dor que nos sufoca vai servir para alguma coisa.
Para quê vai servir? Eu também não sei.

Eu sei que tem algo ali na frente, eu só não consigo ver porque tem um punhado de dor na minha frente. Mas eu vou passar por essa dor e você também. De cabeça erguida. Os dois. E eu vou ver o que tem ali na frente. Só espero que eu não me decepcione. Só espero que eu não te decepcione. Só espero que sejamos recompensados. Só espero que você pense no meu lado. Só espero que você se lembre do passado. Só espero. Só espero. Esperando. Esperando.

Eu vou é dormir. Esperando.

LOVE.jpg

Eu posso ser sensível demais. Emotiva demais. Movida à todo vapor pelos meus sentimentos. Mas eu não sei falar as coisas. Sim, eu sei escrever, mas falar olhando nos olhos eu não dou conta. Eu sei, tenho que aprender. Essa é a Luísa, minha antiga Lulu. Eu não me lembro de ter dito que a amava em nenhum momento, a não ser quando ela dizia e eu respondia com um: eu também. Eu não tenho culpa de ser assim. Hoje eu parei para pensar em tanta coisa da minha vida, tanta coisa que em algum momento de tantos pensamentos eu cheguei no pensamento sobre a minha amizade com ela. Parecia que eu estava entrando em uma máquina do tempo. E desculpem pela grosseria, mas CARALHO, que amizade é essa? São 2 anos e poucos meses que eu a conheço. Ela não gostava de mim no início. Típico. Mas tenho certeza que o que aconteceu, a partir do momento que eu fui obrigada a sentar com ela no trabalho de português e a gente ficou parecendo duas mudas, vai muito além de uma amizade comum. É algo que nem eu mesma consigo explicar. Tento achar as palavras e elas nunca aparecem. Já foram tantos momentos. Eu já fiquei com tanta raiva dela por motivos bobos, mas para compensar eu já fui tão feliz ao lado dela por motivos mais bobos ainda. Eu tento imaginar minha vida sem ela e de maneira alguma eu dou conta. É algo grandioso e forte demais de se dizer, mas eu digo: eu não vivo sem ela. Ok, eu não consigo encaixar as palavras. Droga. Até na hora de escrever eu não dou conta. Mas fica aqui o meu mais sincero: Eu amo você, amiga. Você é um anjo que apareceu no meu caminho.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Tamanduá.


Ano passado eu ganhei um urso do meu pai. Na verdade era um tamanduá de pelúcia. Eu queria tanto dar um nome pra ele. Eu sei que não estou na idade de ficar com ursinho de pelúcia, mas eu tenho o meu querido tamanduá. Voltando. Eu queria dar um nome. Foi aí que me veio a ideia de dar um nome em sua homenagem. Eu lembro o tanto que você riu do meu vídeo te contando que estava em dúvida entre 3 nomes - todos relacionados com você. Parecia até que eu estava escolhendo o nome do nosso filho. E aí você decidiu fazer a junção de dois nomes. Eu fiz. Eu passei a dormir todas as noites com ele. Eu lembro quando meu priminho destruiu a boca dele e você ficou bravo, falando que eu não ligava. Eu lembro o tanto que nós rimos disso depois. Eu lembro quando eu disse que iria te dar o tamanduá pra você cuidar e naquela carta - naquela - você me disse que era pra eu ficar com ele, porque ele dorme comigo e pelo menos ele é confiável. Ah. Um simples tamanduá de pelúcia que me faz companhia todas as noites. Até sussurrar para ele a falta que você me faz, eu já sussurrei. É engraçado até. Howie Chan. Esse é o nome. E nem que eu queira tem como deixar de lembrar de você. É só olhar para aquela boca destruída ou aquele furinho na barriga dele que eu lembro de você. Tanto faz.

"Por que você desapareceu? Sem avisar a quem mais queria ter você por perto, que está de braços abertos pra te abraçar. Não importando onde você estava ou se importava em não me magoar. Não me fazer chorar, pensando no que eu fiz e eu não fiz nada que pudesse te magoar, que fizesse você chorar. Então, quem errou?"

Essas minhas recaídas me estressam.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Detalhes.


Meu medo de esquecer alguns detalhes da minha vida é tão grande que eu fico procurando saídas para não esquecer. A melhor saída é escrever. Escrever e escrever. Eu escrevo até o que parece inutil para algumas pessoas, mas é tão importante para mim.

Eu não quero esquecer de sábado, o melhor show da minha vida, o melhor encontro da minha vida. Eu não quero esquecer do abraço e do cheiro doce do Rodrigo Tavares. Eu não quero esquecer da minha felicidade ao tirar uma foto e sentir uma apertada na cintura pelas mãos fortes - porém magras - do Tavares. Eu não quero esquecer do passo desajeitado que ele deu para fora daquele elevador. Eu não quero esquecer da estufada na bochecha que o Lucas deu na hora que eu fui dar um beijo nele. Eu não quero esquecer dos olhos inchados de sono do Vavo. Eu não quero esquecer da voz linda do Bell. Eu não quero esquecer. Eu não quero esquecer que eu corri minha cidade inteira atrás dessa banda e em certo momento até pensei em desistir e ficar parada ali, no meio da rua, sem esperança e desesperada, mas eu não desisti. Eu não quero esquecer da dor que eu senti ao acordar ontem, dores de garganta e dores no corpo. Eu não quero esquecer de quando o Tavares pegou o meu cartaz no hotel. Eu não quero esquecer das milhares de lágrimas que eu deixei escorrer. Eu não quero esquecer de nada. Eu imploro para mim mesma que não deixe essas e mais tantas outras lembranças desaparecerem. Por favor, que nunca venham memórias que ousem substitui-lás. Eu não vou deixar.

E também. Não quero esquecer de ti. Não me importa o tanto que eu fui enganada; nossos momentos felizes foram tão... Felizes. É até engraçado de se dizer. Foi mais de um ano que se desfez rapidamente. O que ficou e o que aconteceu já valeu muito a pena.

Memórias. Uma palavra tão bonita, uma marca tão grande, uma ferida que ainda está se fechando, olhos ainda inchados. Coração ainda lotado de tanto sentimento. Memórias.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Antecipação.


Eu acordo sentindo saudades, mas depois de alguns minutos - ou horas - eu já me sinto bem. Eu me sinto feliz e fico achando que tudo já passou para mim. Achando que a felicidade finalmente bateu à minha porta sem você precisar estar do lado dela com um sorriso no rosto. Todo final do dia eu acho isso. Mas quando eu deito a cabeça no travesseiro, as coisas voltam ao normal. Eu fecho os olhos e te procuro em todos os olhares desse mundo, saio vagando pelos lugares mais inusitados em silêncio e te procurando, me perguntando em que lugar você se meteu e me perguntando se em seus sonhos você também me procura. Eu não tenho sucesso algum.


Anyway.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Transbordando.

É...

Acho que eu to feliz.
E acho que eu não estou precisando de você para estar assim.
Bom sinal. Bom sinal.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Eu sei.

Ele: Eu estou bem.
Ela: Eu não.
Ele: Trate de ficar.
Ela: Não se preocupe.
Ele: Claro que preocupo.
Ela: Então por que você foi embora?
Ele: Eu...
Ela: Você...
Ele: Eu tive que ir.
Ela: Mentira.
Ele: Verdade.
Ela: Ok.
Ele: Você vai ficar bem?
Ela: Não sei.
Ele: Tenta.
Ela: Vou tentar.
Ele: Você sabe que não tem que se preocupar
Ela: Mas eu me preocupo.
Ele: Eu já disse que não precisa
Ela: Eu sei que não.
Ele: Então pra que se preocupa?
Ela: Porque eu quero.
Ele: Ok.
Ela: Você vai voltar?
Ele: Um dia.
Ela: Promete?
Ele: Não. Mas eu te mandarei uma carta.
Ela: Mandará?
Ele: Mandarei... Chegará logo.
Ela: Que bom.
Ele: É.
Ela: É.
Ele: Acho que agora vou embora.
Ela: Outra vez?
Ele: É, eu sempre vou embora.
Ela: É, tinha esquecido.
Ele: Já deveria ter se acostumado.
Ela: Estou aprendendo.
Ele: Então, tchau.
Ela: Amo você.
Ele: O que você disse?
Ela: Amo você.
Ele: Não podia ter dito isso.
Ela: Por quê?
Ele: Porque agora eu vou querer ficar.
Ela: Então fica.
Ele: Eu não posso.
Ela: Então vai.
Ele: Mas eu quero ficar.
Ela: Eu não te entendo.
Ele: Nem era para entender mesmo.
Ela: Hm.
Ele: Diga que me odeia?
Ela: Por quê?
Ele: Para eu ter vontade de ir embora.
Ela: Não.
Ele: Por quê?
Ela: Eu não quero que você queira ir embora.
Ele: O quê?
Ela: É... Será mais fácil lidar se você for embora por obrigação.
Ele: Tudo bem então. Até logo.
Ela: Até. Amo você.
Ele: Droga.
Ela: Eu sei, eu sei.
Ele: Guarde esse sorriso como respota.
Ela: Guardarei.
Ele: Entenda como quiser.
Ela: Você me ama também.
Ele: Tchau.
Ela: Eu sei que ama.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O frio vai chegar.


É um medo de me perder. É um medo de perder as pessoas. É um medo de sentir dor. É um medo das pessoas me esquecerem. É um medo de precisar de alguém e acabar vendo que ninguém está por perto. É um medo de estar dando aos outros mais do que merecem. É um medo dessas máscaras que todos usam e que me assustam tanto, máscaras de palhaços sorridentes - eu sempre tive medo de palhaços. É um medo que junta tudo e embola dentro da minha garganta. E se eu abro a boca para dizer Oi, já me dá vontade de chorar.

Medo. Não queiram entender.

domingo, 24 de maio de 2009

Ah.


"Mas todo mundo está mudando e eu não sinto o mesmo"

Só quando eu fecho os olhos, aí eu posso mudar o quanto eu quiser e ir para onde quiser.
Pena que quando eu acordo eu já me sinto uma estranha.
Insatisfação, essa é a palavra.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Desligue o rádio e a tv.


É engraçado acordar todos os dias sabendo que um monte de coisas legais vai acontecer e achar que no fim da tarde você vai aparecer como sempre fazia para me ouvir contando meus desastres, minhas dores, minhas brigas, meus choros e minhas risadas. Você era tão lindo – mesmo eu não te vendo – você prestava atenção em tudo que eu dizia e ainda fazia os melhores comentários sobre o assunto. Era algo tão confortante que eu vivia dizendo para mim mesma que não conseguia me imaginar sem você. Nossos finais de tardes eram os melhores, sem exceção. Até mesmo aqueles em que nós brigávamos porque você dizia que eu era ciumenta e você ia e me contar sobre a sua paixão platônica e estranha pela Rita Cadillac. Mas um dia você simplesmente sumiu.

Foi dolorido passar um final de tarde sem te contar as coisas, eu tinha certeza que no dia seguinte você apareceria, mas você não apareceu. Apareceu depois de um mês e eu achei que era para ficar, mas sumiu de novo. Apareceu depois de mais um mês e eu achei que era para ficar, mas não foi novamente. Até que agora irá fazer dois meses que você não aparece. Talvez você tenha optado por ser racional e entre “ficar ou sair da minha vida” você tenha escolhido sair. É algo que eu ainda tento me conformar. Eu queria ver você voltar, queria mesmo. Mas juro que dessa vez era só para dizer tudo que eu vivo te escrevendo e nunca tive coragem de falar, era só para libertar todos esses sentimentos que parecem que me corroem há UM ANO e dizer para você que tudo bem se você quiser sumir.

Eu sei que eu sou forte e eu sei que eu vou saber lidar com isso. Mas é dolorido ver as conversas, ver as brincadeiras, ver as fotos e não sentir sua falta. Você era uma parte de mim, eu já disse isso para todas as pessoas ao meu redor e você ainda é uma parte de mim, esse colar no meu pescoço talvez prove isso. Eu nunca vou esquecer que eu e você somos O+ e você brincou que nossos filhos seriam também, eu nunca vou esquecer você fazendo brincadeirinhas como ‘Ah, nossos nomes tem o mesmo número de letras’, nunca vou esquecer quando você ficou reclamando do tamanho do seu nariz e muito menos das nossas promessas de um dia nos encontrarmos e você me levar para conhecer sua cidade.

Eu gosto de você, gosto e gosto mesmo. E acho que isso só vai passar se um dia eu te disser. Espero que você volte para saber o tanto que você marcou, arrumou, bagunçou, coloriu, rasgou, dilacerou, alegrou, entristeceu a vida de uma pessoa – que no caso sou eu. Ah... Saudades.

PS.: Eu queria tanto te contar que eu finalmente comprei o ingresso para o show, o show que eu te falei o tempo inteiro nas últimas vezes que nos falamos. Eu vou no show e cadê você para ficar feliz por mim?

terça-feira, 19 de maio de 2009

Velho mundo novo.


"Acho que já virou paixão
Acho que já virou obsessão
Papel e caneta na mão
Um vício chamado imaginação"


Novo blog. Para memórias e invenções.
De todos os tipos.